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Brasil foi latino-americano que menos sofreu com a crise global

O Brasil foi o país da América Latina que menos sofreu com a crise, mas também foi o que apresentou maior volatilidade durante o período da turbulência, segundo estudo feito pela Economática. A comparação foi feita com Estados Unidos, Chile, México e Arge

A consultoria comparou o desempenho das Bolsas em dólar do dia 23 de julho, quando a Bovespa atingiu o pico de valorização, até o dia 16 de agosto, o de maior baixa. E, depois, até o dia 20 de setembro, a última quinta-feira.



Entre os dias 23 de julho e 16 de agosto, a Bolsa brasileira caiu 27,7% – o maior tombo em relação aos outros mercados. Na Argentina, a baixa foi de 21,9%; no México, de 17,5%, e, no Chile, de 14,8%. Nos Estados Unidos, a queda foi de 8,5%.



Já entre o período de 16 de agosto a 20 de setembro, a Bolsa brasileira subiu 34,3%, enquanto a da Argentina, 15,6%, a do México, 12,7%, e a do Chile, 12%. Nos Estados Unidos, a alta foi de 7,6%.



Se for levado em conta todo o período, de 23 de julho a 20 de setembro, as Bolsas ainda estão no vermelho, mas, no Brasil, caíram menos em comparação aos países da América Latina. A queda na Bolsa foi de apenas 2,9%, menor do que as de Argentina, México e Chile.



Segundo Fernando Excel, da Economática, a Bolsa brasileira foi a que mais caiu no período da crise por ser também a de maior liquidez e de maior volume de negócios na América Latina. Por isso, foi nela em que primeiro os investidores procuraram se desfazer de ações para compensar as perdas.



No câmbio, aconteceu movimento semelhante. O real foi a moeda que mais se desvalorizou em relação ao dólar no período agudo da crise, de 23 de julho a 16 de agosto, e a que mais se valorizou até hoje. A desvalorização do real ante o dólar foi de 14,5% no auge da crise, e a valorização foi de 11,8%. ''Apesar de toda a volatilidade, o Brasil foi o que menos sofreu com a crise'', diz Excel.



Fonte: Folha de S.Paulo