Jovens que vão estudar na Elam se despendem em café da manhã especial
Como feito inédito os estados região Amazônia enviaram cerca uma centena jovens para estudar Medicina na Escola Latino-Americana de Medicina em Havana, Cuba, entre eles 31 indígenas e 11 não-indígenas
Publicado 24/09/2007 18:07 | Editado 04/03/2020 16:13
A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), atual presidente do Grupo de Amizade Brasil-Cuba, vem pleiteando vagas para os jovens da região Norte junto à embaixada de Cuba desde 2000, quando filiou-se à entidade vinculada à Câmara de Deputados. Este ano com o aumento das vagas, a seleção foi realizada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasil (Coiab) e deixou de ser centralizada em Brasília (DF).
Entre os indígenas contemplados com para estudar Medicina estão inclusos representantes das etnias Mundurucu, Tariano, Tukano, Ticuna, Têari, Baré, Wapichana, Apurinã, Gavia Parakategê que viajam quinta-feira (28/9) na aeronave na Força Aérea Brasiliera (FAB).
O presidente em exercício do Partido Comunista do Brasil deixou um recado para os presentes: “Vocês terão oportunidade que poucos vão ter e precisam ter presente uma coisa na vida: isso terá um preço que vai servir para o futuro de vocês”.
Emocionada, a deputada federal disse aos novos universitários: “Vocês vão realizar o sonho de cursar Medicina, um curso que uma parcela importante da sociedade almeja. Vocês, além de médicos, serão lideranças políticas”. Ela destacou as conseqüências do embargo econômico que Cuba sofre, e que apesar das dificuldades, ainda socializa o potencial de educação e conhecimento que produz.. “Eles sofrem, tem dificuldades para viver, mas trabalham para construir uma sociedade melhor. Cuba é o único país que tem a patente do vitiligo”, declarou.
Quanto à revalidação do diploma de médico para estudou em outros países Vanessa informou que a matéria já foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores da Câmara e que conta com a colaboração dos Ministérios da Educação e da Saúde. “A legislação brasileira permite a revalidação do diploma, é só preciso fazer a complementação de duas disciplinas no currículo do médico”.
A Elam foi criada pelo governo cubano com uma função social de oferecer curso de Medicina gratuito e com qualidade reconhecida para suprir a necessidade dos profissionais da saúde em áreas mais carentes dos seus respectivos países. Além do Brasil que em 2007 está mandando o maior número de pessoas selecionadas – 300 no total – a Venezuela e a Bolívia estão entre os países que recebem apoio da Elam.
De Manaus,
Cinthia Guimarães