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Senador petista arrepende-se de ter ofendido Hugo Chávez

O vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), que na semana passada reagiu a supostas críticas do presidente venezuelano, Hugo Chávez, “retirou” nesta segunda-feira (24) sua queixa e disse crer que a imprensa interpretou mal as palavras do chefe de Est

“Tal como foram divulgadas pelos meios de comunicação, as declarações do presidente venezuelano afetavam de uma forma inaceitável a honra do Senado”, disse Viana na tribuna do Senado.



Veículos brasileiros atribuíram a Chávez duras críticas ao Congresso em sua chegada a Manaus, onde na última quinta-feira esteve reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Chávez esclareceu em seu programa dominical de rádio e televisão que em nenhum momento tinha citado o Congresso brasileiro, e revelou que acredita que “o império (os Estados Unidos)” deseja evitar o ingresso da Venezuela ao Mercosul na condição de membro pleno.



Para que a adesão da Venezuela ao bloco seja concretizada, pelo menos no plano político, falta ainda a aprovação dos parlamentos de Brasil e Paraguai, pois os Congressos de Argentina e Uruguai já o fizeram há quase um ano.



Em pronunciamento no Senado, Viana disse que não tem razões para “duvidar da palavra do presidente Chávez”.



“Se ele (Chávez) apressa-se para oferecer um contexto diferente para as palavras que lhe foram atribuídas, se reitera seu respeito pelo Poder Legislativo brasileiro, me sinto no dever de deixar claro que em nenhum momento tive intenção de ofendê-lo”, declarou o senador do PT.



Viana lembrou que “jamais” se opôs à entrada da Venezuela no Mercosul e que pertence “a uma geração que sonhou e sonha em ver a América Latina unida, superando as barreiras geográficas, políticas, sociais, econômicas e culturais potencializadas pela pesada herança colonial”.



Na última edição de seu programa dominical “Alô Presidente”, Chávez citou diretamente Tião Viana e assegurou que o senador o tinha agredido de forma “totalmente gratuita”.



Em declarações a meios de comunicação locais, ao comentar as supostas críticas de Chávez ao Congresso, em Manaus, Viana reforçou o discurso da direita anti-Chávez e chegou a tachar o líder venezuelano de “louco” e assegurou que este carecia de “estatura necessária” para ser presidente de um país.



Fonte: G1