Grupo de Trabalho se reúne para traçar estratégias de mudança do cenário na Amazônia
Traçar estratégias para a formação, atração e fixação de recursos humanos para a área de ciência e pesquisa na região Amazônica. Este é o objetivo do Grupo de Trabalho formado por representantes da Comissão
Publicado 25/09/2007 18:42 | Editado 04/03/2020 16:13
O professor José Elias, secretário executivo do MCT, sugeriu que o Grupo seja formalizado. “Se ficamos na informalidade temos poucas condições de cobrar compromissos do Executivo”, justificou. A sugestão foi acatada por unanimidade, porém com a inclusão de representantes da Embrapa e do Fórum de Ciência e Tecnologia sugeridos pela presidente da CAINDR, deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), coordenadora geral da iniciativa.
A ciência e a pesquisa na Amazônia tem sido uma das maiores preocupações da gestão da deputada frente à Comissão. Durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ocorrida no início de julho em Belém, a Comissão realizou uma inédita Mesa Redonda onde ouviu do mundo científico solicitações para reverter o quadro caótico da ciência e da pesquisa na Região. Foi consenso que a maior prioridade é a questão dos recursos humanos.
Depois da SBPC, uma reunião ampla com os reitores das universidades foi realizada na Comissão em Brasília, onde foi definido o Grupo de Trabalho para dar agilidade ao processo. A idéia é que o resultado deste trabalho seja apresentado durante o I Simpósio Amazônia e Desenvolvimento Nacional, que acontecerá de 19 a 23 de novembro em Brasília.
O professor Elias propôs também que este Grupo seja um Fórum consultivo e de proposição de políticas para os Ministérios. Vanessa Grazziotin lembrou que ele tem ainda a função de orientar a CAINDR e as Comissões de Educação e de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados com relação a priorizar, nas emendas parlamentares, a pesquisa e a ciência.
Grazziotin lembrou que entre as metas do PPA (Plano Plurianual) consta dobrar o número de alunos com formação superior e criar 150 novas Escolas Técnicas Federais (ETFAs), porém, nada é colocado sobre a expansão do corpo docente para a tender a esta demanda. Ela salientou ainda que há uma inovação com relação às emendas. “Dentro da sua área temática cada comissão tem direito a três emendas que não serão votadas e sim acatadas pelo Executivo, e que não são de recursos, mas sim de modificação de teor do Plano”, explicou.
A partir do exposto, a reitora da Universidade Estadual do Amazonas, professora Marilene Corrêa, propôs que a Comissão faça uma emenda de modificação de conteúdo do PPA incluindo um crescimento de pós-graduados, mestres e doutores no mesmo ritmo que a demanda do corpo dicente.
O vice-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Roberto Dall`Agnol, enfatizou que o sistema de ciência e tecnologia se expande de uma forma brutal no mundo inteiro e que a Amazônia tem que crescer para, primeiro, sair da desigualdade, e depois passar a acompanhar este crescimento.
Participaram ainda da reunião: o reitor da Universidade Federal de Tocantins (UFT), Alan Barbiero; a coordenadora geral da CAPES, professora Zena Martins; o diretor de Programa da CAPES, Emídio Cantídio; o diretor de programas do CNPQ, José Roberto Drugowich; e o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UEA, José Luiz de Souza Pio.
De Brasília,
Bety Rita Ramos