Senado volta a investigar o senador Gim Argello

Os documentos relativos ao processo contra o senador suplente, Gim Argello (PTB-DF), serão requisitados pelo novo relator do processo do PSOL, o senador Valter Pereira (PMDB-MS). Esta será sua primeira providência depois de ter sido nomeado relator da pet

O relator disse que antes de elaborar seu parecer vai oferecer ao senador Argello a oportunidade para que se manifeste, se quiser, a respeito do assunto. A designação de Valter Pereira para a relatoria do processo foi feita no dia 27 de setembro pelo presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE). Valter Pereira tem o prazo regimental de 20 dias para apresentar seu relatório.


 


A Mesa arquivou a representação do PSOL em 21 de agosto deste ano por entender que não caberia processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar em relação a fatos acontecidos antes da posse do senador. A representação foi apresentada pelo PSol em 17 de julho, dia da posse de Gim Argelo, que assumiu o mandato após a renúncia do senador Joaquim Roriz, de quem era suplente.


 


O PSOL pedia ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abertura de processo para investigar suposta participação de Gim Argello nos crimes investigados pela Operação Aquarela da Polícia Civil do Distrito Federal e o Ministério Público Federal, que apuram o desvio de recursos do Banco de Brasília.


 


A assessoria de Gim Argelo informou que o suplente não está sendo investigado pela Operação Aquarela, como divulgado pela imprensa. Segundo os assessores, durante a investigação da Operação Aquarela o senador nunca foi notificado a prestar esclarecimentos à Polícia Civil ou ao Ministério Público Federal.


 


Depoimentos


 


A representação do PSOL também solicitava a tomada de depoimentos do presidente do Conselho de Administração da Gol Transportes Aéreos, Constantino de Oliveira; do ex-presidente do Banco de Brasília, Tarcísio Franklin de Moura; do ex-assessor do ex-senador Joaquim Roriz, Valério Neves Campos; e do major da Aeronáutica, Fabrício Ribeiro dos Santos.


 


No final de agosto, o PSOL entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Mesa de arquivar a representação contra Gim Argello por considerar que a Mesa não tinha competência para decidir sobre o caso do senador, atribuição, segundo nota divulgada pelo partido, que caberia ao Plenário e ao Conselho de Ética da Casa.


 


No último dia 25 de setembro o ministro do STF, Gilmar Mendes, indeferiu liminar no mandado de segurança impetrado pelo PSOL. Gim Argelo não quis comentar a decisão do STF por se referir à Mesa e não ao senador.


 


De Brasília
Alberto Marques
Com Agência Senado