Corrente Sindical Classista rompe com a CUT e lança as bases de um novo projeto

Durante uma coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira (15/10), no Sindicato dos Marceneiros de São Paulo, líderes de vários sindicatos do país, anunciaram o rompimento com a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Os líder

A convocação do congresso coroa um processo de debate que vem acontecendo há muitos anos sobre a criação de uma nova central sindical. Durante o 7° Encontro Nacional da CSC, que aconteceu em Salvador, de 28 a 30 de setembro, o processo de discussão culminou com a aprovação da saída da entidade da CUT e a criação de uma nova central. O objetivo da Central dos Trabalhadores do Brasil, que tem a CSC como um dos seus principais núcleos, é expressar os interesses da classe trabalhadora, apresentando respostas aos desafios e demandas decorrentes do processo de mudanças na economia e na sociedade, que interferem diretamente no mundo do trabalho.


 


Rompimento com a CUT


 


Desde os primeiros anos do governo Lula, a Central Única dos Trabalhadores vem sofrendo o que seus críticos passaram a chamar de crise de identidade. A proximidade do governo teria impedido a CUT de exercer o seu papel de representante dos trabalhadores, principalmente através da perda de autonomia. Para Everaldo Augusto, líder sindical e vereador do PCdoB em Salvador, além da perda de uma separação saudável entre ela e o governo, a CUT também passou a adotar posturas que impediam o debate dentro da instituição. “A CUT reduziu os espaços de participação de outras correntes dentro dela”, afirma Everaldo.



 


Uma nova central com uma nova postura


 


Para o vereador, a convocação para o congresso de fundação é um ato de grande importância histórica, já que simboliza uma mudança de postura. “Agora, a parcela avançada do movimento sindical chama pra si a responsabilidade de construir uma central sindical classista no Brasil”, declara. Augusto também afirma que a nova central apresenta uma plataforma que tem, como um dos seus pontos principais, um novo projeto de nação e de economia. “Queremos que o crescimento econômico seja conduzido de modo a tornar esse um novo momento de ascenço dos trabalhadores do país”, declara Everaldo.


 


De Salvador,


Rodrigo Rangel Jr.