Deputados debatem aumento de violência no Monte Castelo

A Comissão do Defesa Social da Assembléia Legislativa realizou, nesta terça-feira (23/10) à tarde, audiência pública para discutir o aumento da violência no bairro Monte Castelo. O debate contou com grande participação da comunidade, que apresentou propos

O deputado Lula Morais (PCdoB), que solicitou a realização da audiência, lembrou que a violência afeta diretamente os jovens e enfatizou o aumento das políticas para a juventude no Governo Lula. Ele destacou a importância da audiência para buscar soluções imediatas para a insegurança e para que as autoridades possam ouvir de perto as reivindicações da população.


 


 


A presidente da Célula de Defesa dos Direitos Humanos da Paróquia Senhor do Bonfim, Divanilce Santos, relatou a audácia da ação das gangues que atuam no Monte Castelo e em bairros vizinhos. “Eles chegam a ligar para casas e lojas avisando a que horas têm que fechar as portas e sair da rua”, contou. O presidente da Associação dos Moradores da Comunidade do Reino Encantado, Francisco Rodrigues enfatizou a ação dos traficantes e cobrou uma atuação mais efetiva da polícia na região, com a reabertura da delegacia local e realização de trabalhos com a sociedade.


 


 


O comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar, major Carlos Alberto Marques, reconheceu que “é preciso melhorar o policiamento”, mas enfatizou que “a polícia não está de braços cruzados” e pediu mais apoio da comunidade. Ele disse que a PM se reúne mensalmente com lideranças da comunidade para conhecer as demandas e propostas e informou que, neste ano, já foram apreendidas 113 armas e efetuadas mais 200 prisões na área.


 


 


A educadora social Onilda Azevedo, coordenadora do Projeto Liberdade Assistida Comunitária, afirmou que “quase todos os estabelecimentos comerciais do Monte Castelo já foram assaltados e que a população está apavorada com a violência”. Onilda destacou a importância de medidas de recuperação de jovens infratores e fez um relato do trabalho do seu Projeto. Segundo ela, dos 499 jovens que passaram, apenas 22 voltaram a cometer crimes.


 


 


 Também participaram do debate o bispo emérito de Limoeiro do Norte, dom Manuel Edmilson Cruz; o delegado Francisco Braguinha; a vereadora de Fortaleza Eliana Gomes (PCdoB); o inspetor Wagner Rodrigues, da Guarda Municipal de Fortaleza e representantes da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado, do Conselho de Segurança Pública do Ceará e de várias outras entidades.


 


Fonte: www.lulamorais.com.br