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Cristina diz que Mercosul será prioridade de seu governo

A Argentina para a qual mira a nova presidente eleita, Cristina Fernández Kirchner, é “um país com um altíssimo nível de recursos humanos, exportador como a Alemanha, com um considerável grau de tecnologia”, mas também voltado para o seu papel na América


As declarações da presidente eleita foram dadas nesta terça-feira (30), na primeira entrevista concedida à imprensa local após a confirmação de sua vitória no primeiro turno.



“Gostaria de um país com um altíssimo nível de recursos humanos, exportador como a Alemanha, com um considerável grau de tecnologia, de valor agregado, de inovação tecnológica”, afirmou hoje em uma entrevista à televisão local a primeira-dama, que obteve uma grande vitória nas eleições presidenciais de domingo passado.



“Devemos procurar fazer grandes coisas, especialmente no campo agro-alimentar e da informática”, continuou.



Questionada sobre quais seriam os “países amigos” de Buenos Aires, a presidente eleita afirmou que “todos”, reiterando que “não quer inimigos”. “No entanto, devemos dar prioridade ao nosso lugar na América Latina, ampliar o Mercosul e à questão da energia, o grande tema do futuro”, acrescentou.



Prioridades



Na entrevista, Cristina relembra também que as duas principais medidas do seu governo, que tomará posse na Casa Rosada no dia 10 de dezembro, serão “a luta contra a pobreza e o desemprego, além da educação e a saúde”.



Ainda sobre o setor econômico, a esposa do presidente Nestor Kirchner negou esta manhã, em uma entrevista à rádio local, a possibilidade de novas medidas econômicas de destaque, desmentindo o que afirmaram alguns jornais argentinos.



O governo argentino também negou as afirmações da imprensa, dizendo que não pensa em realizar um “trabalho sujo”, com uma série de ajustes econômicos nos próximos 40 dias, para fortalecer a gestão da futura presidente Cristina Fernández de Kirchner.



“Isso é tudo especulação jornalística. Muitos supõem que haja um certo trabalho que este governo deve fazer para livrar o próximo governo, mas são especulações, não existe tal coisa”, disse o chefe de gabinete do governo argentino, Alberto Fernández.



“Nós seguimos trabalhando como habitualmente fazemos. Não há um conjunto de medidas, tal como se está falando, que tenham esse objetivo”, disse Fernández, que assegurou que “jamais” falou com a presidente eleita sobre a integração de seu gabinete.



Sobre a versão de que o atual governo aumentará as restrições às exportações rurais, Fernández disse que “isso não é certo, não é assim. Os meios de comunicação dizem que faremos com Kirchner um trabalho sujo para Cristina, mas nada disso é certo”.



Fonte: Ansa Latina