Carteiros acampam em BSB por adicional de periculosidade

Os trabalhadores dos Correios iniciam nesta terça (6) um acampamento em frente ao Palácio do Planalto. O objetivo da manifestação é sensibilizar o governo para que sancione projeto que concede adicional de periculosidade aos carteiros.

Aprovado pelo Congresso Nacional, o projeto foi enviado para sanção presidencial no último dia 26. O prazo para análise da matéria, de 15 dias úteis, vence no próximo dia 19.


 


De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o projeto modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para incluir a profissão de carteiro entre as sujeitas a riscos à integridade física do trabalhador.


 


De acordo com a CLT, o trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário. Entre as justificativas do projeto está a possibilidade de acidentes, assaltos, moléstias cutâneas, doenças ortopédicas e ataques de animais domésticos contra os carteiros.


 


Greve pautou adicional


 


A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), iniciada em 13 de setembro e concluída no dia 21 do mesmo mês, mobilizou 80% da categoria.Entre as pautas reivindicadas, estava a aprovação do adiconal de periculosidade.


 


Segundo declaração do representante da Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafo e Similares (Fentect), Manuel Cantuara, as negociações foram positivas, porém não satisfatória.


 


''As condições de salário e as condições de trabalho estão muito longe de ser satisfatórias'', disse ele no período.


 


Atualmente, um servidor da ECT em início de carreira ganha R$ 524 mensais.


 


No entanto, o acordo de suspensão da greve, firmado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), conquistou reajuste salarial de 3,74%, mais R$ 500 de abono, R$ 60 a partir de janeiro de 2008, aumento do vale-refeição para R$ 17.


 


A greve chegou na Justiça do Trabalho porque não houve acordo na negociação entre trabalhadores e diretores da estatal na época.


 


Agora os carteiros voltam a ir para rua. O centro, desta vez, é a pressão pela aprovação do projeto do Senador Paulo Paim (PT-RS).