SINPRO-ES, professores e pais fazem passeata até a SEDU
Hoje, segunda-feira (26/11/2007), professores, pais de alunos e representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro), se encontraram na escola Santa Bárbara, na Praia do Canto, em Vitória, às 14h. De lá, seguiram em passeata para a Secretaria de Educ
Publicado 26/11/2007 19:05 | Editado 04/03/2020 16:43
Às 14 horas de hoje, um grupo de aproximadamente 70 pessoas, entre pais de alunos, alunos, professores e o representante do SINPRO Heron Miranda, dirigiu-se à Secretaria Estdual de Educação a fim de encamionhar uma discussão a respeito da situação dos alunos da escola Santa Bárbara. A intensão inicial era comprometer a Secretaria Estadual de Educação do ES (SEDU) com uma solução para o problema do término do ano letivo, gerado em função da greve dos professores e funcionários da Escola Santa Bárbara. A presença dos professores nesta reunião, puxada pelo Sinpro, justificou-se por conta de que este movimento dos professores agregou solidariamente a questões das familias a suas preocupações com o futuro de seus filhos.
O protesto contou com o apoio e com a solidariedade do corregedor da SEDU, Tarcisio Bobbio, que intermediou apresença da sub-secretária e de duas pessoas envolvidas com o setor de inspeção escolar. Fato é que a SEDU assumiu perante o grupo, o compromisso de encaminhar o término do ano letivo. Para isso, solicitou um prazo até a próxima sexta-feira às 10 horas quando se reunirá com uma comissão formada por quatro pais, um professor e o representante sindical para que apresente uma forma de resolver a questão. Momentos antes dessa reunião, os pais reafirmaram o desejo de criar uma ''caixinha'' com as mensalidades de dezembro e repassarem direto para os professores.
Manifestação
O objetivo da manifestação é cobrar uma solução para o não pagamento de sete meses de salários atrasados da categoria, que entrou em greve, por tempo indeterminado, na tarde de quinta-feira (22/11/2007). Além dos salários em atraso, a escola Santa Bárbara também deve aos docentes, FGTS, previdência privada e tíquete-alimentação. O INSS é descontado na folha de pagamento, mas não é repassado ao órgão de direito. Alguns estão trabalhando em situação irregular, porque suas carteiras não foram assinadas.
Na sexta-feira (23/11/2007), pela manhã, professores, pais e alunos fizeram uma grande manifestação nas dependências da escola. Este movimento também contou com a presença do presidente do Sinpro, Jonas Rodrigues de Paula, do diretor de comunicação, Marcos Garcia Dantas e do também diretor do SINPRO professor Heron Miranda.
Na tarde de quinta-feira (22/11/2007), o diretor Heron Miranda, do Sinpro, participou de uma reunião nessa escola que culminou na seguinte decisão:
– Para evitar que seus filhos sejam prejudicados, pela atual situação criada, pela direção da Escola Santa Bárbara, os pais dos estudantes pretendem abrir uma conta, para pagar as mensalidades diretamente aos professores. Isto, porque os donos da escola, que só aparecem na ocasião de pagamento das mensalidades, continuam fazendo retiradas no caixa da instituição, para fazer pagamento de suas contas particulares, apesar da situação da categoria e dos demais funcionários. Em uma dessas ocasiões, um dos funcionários, que preferiu não ser identificado, ameaçou chamar a polícia.
O presidente do Sindicato, Jonas Rodrigues, ressaltou que vem ocorrendo grande irresponsabilidade ao lidar com as questões coletivas. “O Sinpro sempre está pronto a acompanhar e denunciar desmandos desse tipo, praticados pelos ditos “gestores”, que não sabem administrar escolas. Felizmente os pais entenderam que o movimento terá progresso significativo, com a participação deles e de seus filhos, que poderão ser prejudicados, caso não adotemos, juntos, de imediato, medidas de prevenção que venham a atender as necessidades de todos os prejudicados por essa situação. Ou seja: pais, alunos e professores. Estamos em Campanha Salarial e esses problemas estão se repetindo em outras escolas”.
Abandono
A escola Santa Bárbara está abandonada. Os alunos têm que dividir espaço com ratos nas salas de aula. Existem buracos no teto e nas paredes, salas sujas, cheias de entulho misturado à documentação escolar. Água, só tem quando um carro pipa abastece a escola e há sinais de que foi feito um gato nas instalações elétricas.
Dos 600 alunos que a escola tinha no ano passado, restaram apenas 200. Os alunos estão com medo de perder o ano letivo por perderam aulas, devido à falta e o troca-troca de professores durante o ano letivo.
Cobertura
“A diretoria do Sinpro/ES agradece o apoio e a preocupação que a mídia local e nacional tem de cobrir os reais fatos sociais, levando para a sociedade, informações corretas”, disse o diretor de comunicação do Sindicato, Marcos Garcia Dantas. As TV’s Record e Tribuna veicularam matérias gravadas, em seus telejornais. A Rede Gazeta também está acompanhando de perto o problema da escola e já publicou matérias sobre o assunto. O Portal Vermelho também está dando ampla cobertura à nossa luta.
Fonte: SINPRO-ES