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Quase 100: Niemeyer ganha medalha de Lula e tributo no Copan

Oscar Niemeyer foi duplamente homenageado nesta sexta-feira (30). O Copan – um dos prédios mais emblemáticos de São Paulo, projetado pelo arquiteto – amanheceu  com o número “100” desenhado em seu topo. Mais tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Si

Depois de inaugurar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), num complexo de favelas cariocas, Lula foi direto para o escritório de Niemeyer, em Copacabana. Junto ao governador Sérgio Cabral e ao ministro da Cultura, Gilberto Gil, ele entregou a comenda e uma medalha do mérito ao arquiteto. A visita durou cerca de 20 minutos e foi reservada.


 


Ao se despedir, Lula disse que se identifica muito com o arquiteto, que ainda fuma cigarrilhas. Lula considerou o arquiteto um exemplo de vida: “Niemeyer é a minha inspiração”, disse o presidente, que prometeu um decreto instituindo o ano de 2008 como sendo o Ano Oscar Niemeyer. Já Gilberto Gil disse que vai apresentar um projeto em que pede o tombamento de todas as obras do arquiteto.


 


Durante o encontro, o presidente aproveitou para comentar que o Palácio do Planalto – onde trabalham 3.200 funcionários e por onde passam diariamente mais de 5 mil pessoas – está precisando de reformas. “Vou restaurar aquilo lá antes que pegue fogo”, disse o presidente a Niemeyer.


 


Rosas


 


No Copan, o número “100”, composto por cem rosas desenhadas pelo artista plástico Paulo von Poser, lembram o centenário do arquiteto, a ser completado em 15 de dezembro. A homenagem – que tem 13 metros de altura e 22 de comprimento – ficará exposta por 60 dias, no canto direito superior do edifício, situado na Avenida Ipiranga.


 


Vista privilegiada tem os trabalhadores do antigo hotel que, em poucos dias, será a sede do Tribunal de Justiça de São Paulo. O prédio fica em frente ao Copan – e os dois têm quase a mesma altura. Lá de cima, é possível ver até defeitos nos números. “Acho que vou entrar em contato com eles por causa daquele zero lá”, diz o administrador do edifício, Carlos Sérgio Maria, apontando para uma parte rasgada no primeiro zero da composição.


 


Do outro lado do “100”, em um apartamento no 30º andar do Copan, a vista ficou prejudicada pelos números, apesar de eles serem confeccionados em lona vinílica perfurada. Mas a moradora Maria Amélia Lobo, de 34 anos, não reclama. “Meio que tampou nossa visão. Mas vale a pena”, comenta.


 


Para ela, o incômodo é um preço pequeno para a homenagem. “A gente mora aqui e vê que funciona tão perfeito”, afirma. Vivendo no Copan há dois anos, ela alugou o apartamento para morar sozinha. Com a chegada do namorado, pensa em mudar-se para um lugar maior, no próprio prédio. “A gente não quer abrir mão da altura nem do Copan.”


 



Edifício Copan amanheceu com número “100” desenhado


 


Da Redação, com informações do G1