Itamaraty homenageia embaixadora da Palestina
A embaixadora da Palestina no Brasil, Mayada Bamie, foi homenageada em almoço, nesta quinta-feira (13), no Itamaraty. A diplomata está se despedindo do cargo que ocupou desde janeiro de 2006. O almoço foi oferecido pelo subsecretário-geral Político II,
Publicado 13/12/2007 17:34
Durante o período em que esteve em seu posto em Brasília, Mayada manteve estreito relacionamento com o PCdoB. E sempre destacou a defesa dos comunistas pelo Estado palestino. “O povo palestino tem o direito de construir uma nação livre e soberana”, diz Rebelo.
No dia 29 de novembro de 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou resolução sobre a divisão da Palestina em dois Estados. O Estado de Israel foi criado, mas o Palestino ainda não foi estabelecido
Mayada, que começou cedo a trabalhar por seu país, afirma que considera o Brasil um país amigo da Palestina. “Eu, como palestina, me sinto muito perto do Brasil. O considero um país amigo, solidário. O povo brasileiro conhece o nosso sofrimento”, afirma.
Antes de serviu no Brasil, a diplomata palestina foi embaixadora da Palestina por um ano e meio no Senegal. Ela foi a primeira ministra conselheira de embaixadas na Guiné, Angola, Senegal e Peru. Mayada trabalha para a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) desde que terminou a universidade.
A diplomata se formou em Ciências Políticas e Educação pela Universidade Americana, em Beirute, e assim que concluiu os estudos passou a trabalhar em campos de refugiados palestinos no Líbano. Ela mesma foi expulsa do seu país, em 1948, juntamente com sua família, quando tinha dois anos de idade. “Naquela época foram 900 mil pessoas expulsas da Palestina”, conta a embaixadora.
No campo de refugiados, Mayada trabalhou com crianças e mulheres. Foi ela quem fundou um departamento de Relações Internacionais para a Cruz Vermelha Palestina, a partir do qual foi criado um comitê de médicos para trabalhar nos campos de refugiados palestinos.
De Brasília
Márcia Xavier