Vereadora do PCdoB no Acre se destaca no movimento GLBT
''A vereadora Ariane Cadaxo (PCdoB), vice-presidente da mesa diretora da Câmara de Rio Branco, encerra seu terceiro ano de mandato com a realização de diversos trabalhos na defesa de políticas públicas voltadas para as classes menos favoreci
Publicado 17/12/2007 12:13
Uma das bandeiras de luta levantadas pela parlamentar nos últimos anos está direcionada à igualdade de direitos e o fim da homofobia no município e no Estado. Ela conta com a força das mulheres e homens livres de preconceito que integram a Frente Parlamentar Nacional pela Cidadania GLBT, tendo sido ela que na Câmara de Rio Branco fez a defesa desse segmento em relação à criação da Frente Municipal.
Ariane está entre as mulheres fortes da política no Acre que perderam o medo de falar alto nas tribunas e desafiar a lei dos mais fortes quando o assunto é sair em defesa dos que não têm direito e voz. Para ela, os poderes Legislativo e Executivo precisam estar atentos e unidos para ouvir os apelos e resolver os problemas levados pelas comunidades, sendo que cada segmento, incluindo a sociedade, pode dar sua parcela de contribuição para que as mudanças ocorram.
“Não podemos pensar em desenvolvimento e educação se os cidadãos não tiverem a consciência de seus direitos e deveres, fazendo-se respeitar e respeitando o direito dos outros. E nós, seus representantes legítimos, temos que defender e incentivar o diálogo, pois acreditamos que qualquer tipo de preconceito se extingue quando a boa informação chega e o conhecimento se expande”, enfatiza Ariane.
A comunista esteve presente ao seminário realizado pelo PCdoB em São Paulo, no início deste mês. Na ocasião, participou da pauta de discussão sobre o reforço na luta contra a homofobia no país. O tema não lhe foi estranho, já que em Rio Branco essa discussão já está na mesa há muito tempo e ela é uma das principais articuladoras da pauta no Legislativo municipal.
Igualdade de direitos
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reuniu suas lideranças no início deste mês em São Paulo para aprofundar seus conhecimentos sobre o movimento de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais (GLBT). O evento reuniu os representantes do movimento, além de heterossexuais, negros, mulheres e brancos.
A vereadora Ariane Cadaxo, que participou da pauta, afirmou que o seminário da agremiação serviu para que os políticos ampliassem seus vínculos com os representantes das entidades da área e iniciassem uma pauta de debate no país envolvendo todos os segmentos sociais com um só objetivo, isto é, contribuir com a luta pela igualdade de direitos e fortalecer a corrente contra a discriminação e a homofobia.
O Estatuto do PCdoB, aprovado no 11º Congresso do partido, realizado em 2005, traz o seguinte texto: “Ser membro do partido significa empenhar-se pela construção da unidade de amplas massas populares, dos setores democráticos e progressistas, na luta por igualdade de direitos e dignidade para o povo brasileiro, pelo avanço da democracia, da soberania nacional e pelo socialismo”.
O congresso já previa que os diretórios estaduais e municipais se organizassem para incluir o tema em suas discussões e ampliar o debate com o movimento e a sociedade civil em geral. A movimentação serve também como preparação para a Primeira Conferência Nacional instituída pelo presidente Lula, sob o tema “Direitos Humanos e Políticas Públicas – o Caminho para Garantir a Cidadania GLBT”.
Todos os segmentos
A Conferência, que prevê a participação de 60% da sociedade civil e 40% do governo, vai acontecer em Brasília, no período de nove a onze de maio de 2008, quando será criado um plano de ação para o setor. No entanto, como acontece antes das grandes discussões que envolvem a massa no país, as regiões e Estados irão discutir a questão com antecedência para eleger as principais dificuldades de cada lugar, assim como as peculiaridades, os avanços e sugestões a serem levadas por suas delegações ao debate nacional.
No Acre, os debates envolvendo a defesa da igualdade das classes já são uma realidade que surgiu mesmo antes do lançamento do decreto de criação da Conferência Nacional. A luta contra a discriminação e a homfobia, assim como as discussões sobre o tema se tornaram comuns no Estado nos últimos anos. Os comunistas acreditam que quanto mais o tema é colocado em discussão para a sociedade, mais as informações se expandem e o preconceito diminui.
Os comunistas estão presentes em todas as discussões que envolvem a defesa dos direitos das classes. Também foi um comunista que defendeu na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) o projeto de lei que resultou na criação do Dia de Luta Contra a Homofobia no Estado. O deputado Moisés Diniz é um dos políticos que tomam a linha de frente quando o assunto é fazer valer o respeito pelas diferenças. No parlamento ele conta com o apoio irrestrito do também comunista Edvaldo Magalhães, que preside a Casa tendo como foco primordial o interesse da coletividade.