DRU: governo negocia e votação pode acontecer nesta quarta
O segundo turno de votação da DRU (Desvinculação de Recursos da União), de acordo com a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), poderá ser realizado nesta quarta-feira (19). Ameaçando os governistas, os dois maiores partidos de oposição na Casa, DEM e PSDB, diz
Publicado 18/12/2007 17:56
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), se diz otimista. “Esperamos a colaboração da oposição. Com entendimento, fazemos as três sessões de discussão e votamos, tudo no mesmo dia”, afirmou. Jucá (PMDB-RO) falou que o governo sempre buscará entendimento.
Ideli, líder do PT, explicou que a pauta da Casa está sendo limpa nesta terça-feira (18) para que a matéria seja votada amanhã, quarta-feira (19).
Os líderes da oposição, no entanto, demonstraram cautela. O líder do Democratas, José Agripino (RN), frisou que os senadores não admitirão, por exemplo, que o governo anuncie, nesse momento, um pacote tributário para compensar as perdas com o fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Isso seria entendido, em sua avaliação, como ''ameaça''.
“Que não me venham com ameaças sobre corte de gastos em função de CPMF. Se isso acontecer, a DRU não será votada. Se tivermos a garantia de que o diálogo acontecerá em clima de respeito entre as partes, a DRU será votada e poderemos construir um caminho conveniente ao país”, diz Agripino.
Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, afirmou que a oposição precisa de ''garantias para poder votar''. “Não temos nada contra a DRU. Achamos que é um instrumento necessário”, disse.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), deixou claro que ''não está totalmente fechado o acordo'' para a votação da DRU. “Ainda teremos algumas conversas. A oposição, depois dos ruídos que aconteceram em termos de anúncios de medidas relacionadas a impostos, está bastante receosa de sinalizar para a votação amanhã e ser surpreendida com alguma medida”, falou Ideli.
A emenda constitucional que prorroga a DRU – destacada da proposta rejeitada que esticava a cobrança da CPMF até 2011 – foi aprovada em primeiro turno com votos de senadores do DEM e do PSDB.
De Brasília
Alberto Marques
Com Agências