Sérvia: milhares protestam contra separatismo
Milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira (18) na cidade kossovar de Mitrovica contra a possível autoproclamação de “independência” da província sérvia de Kossovo.
Publicado 18/12/2007 19:34
Diante da presença de militares da Força Multinacional do Pacto Militar do Atlântico Norte (OTAN), os oradores defenderam a integridade da Sérvia e repudiaram as pretensões de dirigente albano-kossovares de declarar unilateralmente a soberania da província.
Também solicitaram ao governo sérvio que rechace a agilização da entrada do país na União Européia, se esta não garantir o respeito ao território da Sérvia.
Entre os manifestantes estavam dirigentes e cidadãos sérvios de Mitrovica, assim como de diferentes localidades da província e representantes da igreja ortodoxa.
A demonstração ocorreu na véspera de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU que examinará o relatório realizado pela trinca do grupo de contato, sobre as conversações entre Sérvia e dirigentes albano-kossovares sobre o estatuto de Kossovo.
O primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, participará amanhã da reunião do Conselho de Segurança para solicitar a continuidade das negociações sobre o estatuto da província, à qual foi oferecida uma ampla autonomia pelo governo sérvio.
O primeiro-ministro considera que, com as conversações, se pode encontrar uma solução de compromisso que satisfaça os dirigentes
kossovares, os quais contam com o apoio dos Estados Unidos e alguns países europeus, e que ameaçam proclamar a “soberania” de Kossovo.
Também pedirá à ONU que evite essa declaração, pelo perigo que isso representaria para a paz nos Bálcãs.
A Rússia apóia Belgrado na defesa de seu território e na segunda-feira a chancelaria advertiu sobre a possibilidade de uma crise incontrolável e de conseqüências imprevisíveis.
A província sérvia de Kossovo é administrada por uma missão da ONU desde que foram finalizados os ataques da OTAN contra a Sérvia, em junho de 1999, quando foram introduzidas no país as tropas da KFOR, formadas atualmente por cerca de 16 mil militares.