Servidores pressionam Yeda Crusius, o pior governo do país
Trabalhadores de várias categorias ligadas ao setor público se mobilizam nesta terça-feira (18) para acompanhar na Assembléia Legislativa do RS, a votação do Projeto de Lei 399/2007, que cria o marco regulatório institucional da Organização da Sociedade C
Publicado 18/12/2007 15:24
Também estarão presentes em frente ao Centro Administrativo do Estado, a partir das 14h entidades como a Ugeirm (polícia civil), Abanse (Associação de Cabos e Soldados da BM), ASTDM (Oficiais da BM), Amapergs (trabalhadores da Susepe) e o Sindiperícia.
Entre os pontos polêmicos da proposta está a não-realização de concurso público para contratação de novos funcionários, ausência de prestação de contas ao Estado e terceirização dos serviços públicos.
A intenção do Projeto de Lei do Executivo é firmar parcerias com empresas privadas, atingindo fundações gaúchas, como a Fundação Cultural Piratini – Rádio e Televisão, responsável pela TVE e rádio FM Cultura, o Hemocentro, Theatro São Pedro, FGTAS, FASE, FPE, Fundação Zoobotânica, Fepam, Cientec e outras.
Sucateamento do Estado
Para Jorge Cruz, representante de área da Cientec no Fórum de Representantes de Base do Semapi, o interesse do executivo gaúcho nesta Lei é claro e explicito. Está relacionada diretamente ao pensamento ideológico da governadora e seus auxiliares onde o processo de minimização do Estado e a condução dos destinos dos gaúchos, ditados pelo mercado capitalista, passam por este Projeto de Lei.
A justificativa do déficit financeiro nas Contas Públicas e o mau serviço prestado é só desculpa ao sucateamento promovido há anos por governos comprometidos com esta proposta agora em fase de execução.
Ainda segundo Jorge, é uma forma sutil de terceirização das atividades de Estado, e mais, com aceleração privatista da máquina estatal e conseqüente enxugamento do corpo funcional, trocados por trabalhadores temporários, contratados por demandas que não poderemos assegurar serem de interesse público.
Educação em crise
Para Alex Saratt, diretor do Sindicato dos Porfessores do RS, a educação nunca esteve tão em risco no estado.
A chamada ''enturmação'', a seriação (que coloca na mesma sala turmas em estágios de aprendizado diferentes), a falta de professores e a baixa remuneração precarizam o ensino e trazem desvantagens ao aluno da rede pública.
Para piorar, o governo do Estado está adotando uma política claramente anti-sindical, que inclui até mesmo o corte do ponto de professores e trabalhadores que participam de atividades chamadas pelo sindicato.
''Lutar contra este Projeto é, no mínimo garantir uma discussão de fundo na questão de que estados queremos, qual a nossa missão enquanto agentes públicos e qual o futuro que pretendemos entregar as futuras gerações'', disse o sindicalista.
Pior governdo do país
Este ''novo jeito de governar'', slogan de campanha da governadora do Estado, Yeda Crusius, fez do RS palco de manifestações diárias contra o atual governo.
A governadora obteve o mais baixo índice de aprovação entre os governos estaduais em pesquisa divulgada pela Datafolha nesta segunda (17). Seu governo é avaliado como o pior da história do RS.
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De Porto Alegre (RS),
Por Regina Abrahão