Servidores públicos federais podem reagir a quebra de acordo
O anúncio feito pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de que, “até que o orçamento de 2008 seja reequilibrado, o governo suspenderá ou irá rever acordos, os reajustes salariais do funcionalismo e a promoção de concursos públicos ainda não autoriz
Publicado 04/01/2008 15:16
“A categoria poderá recorrer mais uma vez a instrumentos legítimos de luta para a manutenção de seus direitos” caso se confirme que os acordos não serão cumpridos, adianta a sindicalista de Goiás, eleita no mês passado como diretora executiva do Setor dos Servidores Públicos da CTB. “As Entidades Nacionais mobilizarão suas bases para lutarem contra a quebra dos acordos, o que pode causar um fato inédito no serviço público federal no governo Lula, ou seja, uma greve geral do setor o que traz, como conseqüências, sérias dificuldades aos usuários dos serviços públicos prestados pelo governo federal”.
Acordo prevê reajuste parcelado
“Os trabalhadores do serviço público não podem ser penalizados, mais uma vez, pela hipocrisia e idiossincrasias do Congresso Nacional. Estarão mobilizando suas bases para enfrentar mais este ataque aos trabalhadores do serviço publico federal que em muitos casos recebem proventos muito abaixo da média salarial do mercado”, diz Fátima.
Em 2007 foram negociados, entre o governo e as diversas categorias do serviço público federal, reajustes salariais parcelados em até três anos, 2008, 2009 e 2010. Desse conjunto de categorias, várias não tiveram reajuste em 2007 e aguardam o cumprimento do acordo firmado pelo governo. Outras sequer chegaram a fazer ainda acordos.
Congelamento salarial não
Para os servidores públicos, o problema causado pela extinção da CPMF não pode ser resolvido com congelamento salarial e sim com medidas que impeçam a sonegação fiscal dos grandes empresários, com a tributação do capital e das grandes fortunas. Os servidores públicos já contribuem com sua parte, uma vez que o imposto de renda é descontado direto em seus contracheques, e fazem um trabalho de alta relevância social, que infelizmente é descaracterizada pela imprensa burguesa.
Segundo a líder sindical já estão sendo articuladas reuniões com as várias lideranças do setor público federal, com o objetivo de buscar respostas do governo federal e apontar ações unitárias para preparar as categorias. “O ano de 2008 está prometendo ser um ano de intensas lutas em defesa de direitos, não só dos trabalhadores do serviço público, mas também de todos os setores organizados da sociedade brasileira”, conclui Fátima Reis, que se projetou no sindicalismo como presidente do Sint -UFG (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Goiás).