Sem categoria

Oposição do Quênia convoca reinício das manifestações

O partido do líder da oposição queniana Raila Odinga convocou nesta sexta-feira (11) a retomada das manifestações no país, depois do fracasso da mediação coordenada pela União Africana (UA) para tentar solucionar a grave crise que afeta o Quênia.

O presidente da UA, John Kufuor, chefe de Estado de Gana, deixou o Quênia na quinta-feira depois que falhou na tentativa de obter um acordo entre o presidente Mwai Kibaki e o opositor Raila Odinga.



Odinga afirma que Kibaki fraudou a eleição presidencial de 27 de dezembro e não reconhece a reeleição do presidente. O gabinete de Kibaki tomou posse na quinta-feira, mas Lone afirmou que o ODM permanece aberto a uma futura mediação coordenada pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.



Estimativa da ONU



A ONU informou nesta sexta-feira que revisou para cima o número de pessoas que precisarão de ajuda humanitária no Quênia, que agora calcula em 500 mil, como conseqüência da violência.



A porta-voz do Escritório de Ajuda Humanitária das Nações Unidas (OCHA), Elizabeth Byrs, anunciou que a organização prepara um pedido de fundos de emergência para garantir a assistência nas próximas semanas e meses.



Por enquanto, a ONU desbloqueou US$ 7 milhões de seu fundo de emergência, o que permitiu atender de maneira imediata os deslocados pela violência em áreas básicas como nutrição, saúde, água e saneamento.



Calcula-se que a violência provocou até agora entre 500 e mil mortos e deixou cerca de 255 mil deslocados, muitos dos quais tiveram suas casas destruídas. “Existe o risco de que a desnutrição aumente rapidamente devido a que muitas fazendas foram dizimadas, assim como que as reservas familiares”, comentou.



Embora a situação tenha melhorado nos últimos dias, o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) indicou que transferiu material médico e artigos básicos ao Quênia por temer novos confrontos.



Da redação, com agências