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Produção de etanol triplicará em 10 anos, garante ministro

A produção de etanol no país mais que triplicará nos próximos dez anos, anunciou nesta quarta-feira (9) o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Ele divulgou a previsão de crescimento do plantio e da colheita dos principais produtos agrícolas export

Segundo o ministro, a produção de álcool de cana-de-açúcar aumentará 222,9% até a safra de 2017/2018, passando de 17,6 milhões para 41,6 milhões de litros. Para o açúcar, o crescimento previsto é de 59,9%, o que permitirá ao país manter a posição de produtor de maior competitividade.



Em relação à soja, a previsão é que a produção passe de 57,6 milhões de toneladas, na safra 2007/2008, para 75,1 milhões na safra 2017/2018. A exportação de soja, segundo o ministério, subirá 40% nesse período.



A produção de milho passará de 51 milhões para 64,1 milhões de toneladas, dos quais 15 milhões a 20 milhões serão exportadas. Parte desse aumento, segundo o ministério, pode ser explicada pelo salto no plantio do grão, que passará de 7,5 milhões para 12 milhões de toneladas nos próximos dez anos.



No caso do trigo, a produção aumentará de 4,1 milhões para 4,7 milhões de toneladas até a safra 2017/2018. O consumo interno de trigo deverá subir 1,63% ao ano devendo chegar a 13,3 milhões de toneladas em 2017. Apesar da maior produção, poderá ser necessário importar 8,7 milhões de toneladas daqui a dez anos.



Produtividade em alta



As previsões se baseiam em trabalho realizado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, que se baseou também em estudos de diversas entidades internacionais e de órgãos do governo.



Para o ministro, a produtividade agrícola no país vem crescendo muito em relação à área plantada. “Por isso, não vejo perigo de impacto para o meio ambiente por causa do maior plantio”, avalia.



Segundo Stephanes, a demanda pelos produtos orgânicos (produzidos sem agrotóxicos) deverá aumentar. “Ao se fixarem os padrões de produção e de certificação, haverá mais confiança para o consumidor devendo melhorar a produção e a agregação de valor”. A previsão, segundo ele, é que os mercados interno e externo se interessem cada vez mais por esses produtos.



Renhold Stephanes avalia que a queda na oferta de feijão nesta safra, que motivou o aumento de preços em todo o país, ocorreu por causa de fatores “atípicos” ligados ao clima. Para ele, ao longo de 2008, a situação deverá se normalizar.



Segundo o ministro, as três safras anuais do feijão aumentarão a produção a ponto de superar a demanda interna. “Trata-se de um produto que o país não importa”, destacou o ministro. Quanto ao arroz, ele afirmou que o país tem excesso de produção. Em 2006/2007, foram produzidos 11,3 milhões de toneladas. Para a safra 2017/2018, a estimativa é que a produção chegue a 13,1 milhões de toneladas.