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Para o Dieese, inflação castigou os mais pobres em 2007

As classes de renda mais altas poderão ter neste ano aumentos mais significativos em seu custo de vida que as classes mais baixas, invertendo o quadro de 2007. O Índice de Custo de Vida (ICV) da cidade de São Paulo, apurado pelo Departamento Intersindical

De acordo com o Dieese, em 2007, o aumento foi mais significativo para as famílias do estrato 1 (renda média de R$ 377,49), de 5,55%. Para o estrato 2 (renda média de R$ 934,17) a alta foi de 4,93% e, para o estrato 3 (R$ 2.792,90), de 4,55%. O principal grupo de gastos responsável pelo aumento no custo de vida foi o de alimentação, que subiu 12,48%. Os gastos com educação e leitura subiram 6,27%, seguidos por despesas pessoais (6,11%), saúde (3,4%), habitação (1,65%) e transporte (1,3%).



Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, observa que nas classes mais baixas os gastos com alimentação têm peso maior que outros dispêndios. Neste ano, diz, os alimentos tendem a subir menos. O setor de serviços terá aumento mais forte, já que os reajustes estão atrelados aos Índices Gerais de Preços (IGPs) e esses registraram fortes altas em 2007.



Para Fábio Silveira, sócio da RC Consultores, haverá arrefecimento na alta de preços de alimentos já no primeiro trimestre, o que poderá favorecer o custo de vida.



Fonte: Valor Econômico