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CNTE repudia vaias do PSTU contra ministro da Educação

A presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Juçara Vieira, definiu como “lamentável falta de educação de setores minoritários” os protestos de hoje (19) contra o ministro da Educação, Fernando Haddad, no 30º congresso na

“Certamente a plenária trará uma moção de repúdio porque eles não respeitaram nem a presença de uma criança junto com o ministro [a filha de Haddad o acompanhava]”, disse Vieira. Ela também disse que os manifestantes merecem tratamento “pedagógico”, com uma “recuperação”. “Vamos ver se podemos aprová-los no final do congresso”.


 


A dirigente minimizou a importância das vaias recebidas pelo ministro. Lembrou que centenas de pessoas procuraram Haddad para tirar fotografias com ele: “90% da categoria queria ouvir o ministro e o recebeu de forma carinhosa, porque sabe que estamos em um bom momento de construção do piso salarial”.


 


Juçara Vieira discorda que a ausência de segurança colocou em risco a integridade do ministro: “Estando no meio de pessoas civilizadas, vamos insistir em continuar sem aparatos de segurança, pois achamos que os trabalhadores devem se auto-regulamentar”.


 


Unidade da categoria


 


Segundo Haddad, o incidente não prejudicou as discussões do congresso, onde estão sendo votadas as propostas de política educacional a serem defendidas pela CNTE na gestão 2008-2011. “De maneira nenhuma. Os debates geralmente são acalorados, mas a partir das deliberações, a categoria volta a ter unidade e defender suas bandeiras. É um processo natural de disputas de protagonismo, e isso deve ser naturalizado em uma democracia”, afirmou.


 


Para o ministro, o grupo contrário a ele é uma minoria isolada. “O mais importante para o ministério da educação é que o congresso delibere e a minoria não pode usar minha presença como pretexto para impedir as decisões. O importante para o MEC é a unidade da categoria em torno de suas bandeiras, e essa minoria vai sair derrotada porque está isolada na sociedade”.


 


Durante as manifestações, profissionais e militantes ligados a outras correntes políticas se organizaram para responder às palavras de ordem do PSTU, com gritos de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


 


Da redação,
com agências