Edmilson se reúne com Arsenal de Marinha e discute anistia
O deputado federal Edmilson Valentim (PCdoB/RJ) se reuniu, no dia 14, com o Sindicato dos Servidores Civis das Forças Armadas (Sinfa), para discutir o processo de anistia dos ex-funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), demitidos apó
Publicado 21/01/2008 20:36 | Editado 04/03/2020 17:05
Para Edmilson, está na hora da Comissão reconhecer o erro da estatal e contemplar os trabalhadores com a declaração de anistia. “Nosso compromisso é fazer valer o direito desses trabalhadores. Não é certo nos esquecermos dos sofrimentos vividos por estes trabalhadores, que, na tentativa de se fazer ouvir, acabaram sendo massacrados em seus direitos fundamentais”, afirma.
No universo de 1.600 trabalhadores demitidos entre 1985 e 1986, encontram-se atualmente na Comissão de Anistia 220 requerimentos individuais, questionando as demissões e afirmando que elas se deveram a perseguições políticas. Todos requerem sua reintegração ao trabalho, além de reparação econômica, de caráter indenizatório, devido aos prejuízos no trabalho e danos morais causados durante todos estes anos.
“Depois de 20 anos de lutas quero comemorar a anistia junto com os grevistas do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro”, declara Edmilson aos representantes do Núcleo dos Anistiandos do AMRJ.
O deputado ressalta a importância histórica da greve de 85 como a primeira manifestação contundente da abertura política na década de 80. “Na Constituinte de 1988 assinei o destaque que permitiu a fundação do SINFA-RJ, em 1989” destaca. Ele destaca também a importância que o Governo Lula está dando para a reformulação da história das lutas políticas dos trabalhadores brasileiros e a relevância da greve do AMRJ. “A greve que alavancou toda a reestruturação do setor naval brasileiro”.
Militante do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro na época, Edmilson lembra da greve e frisa que “nestes 22 anos de vida pública, greves como aquela (do AMRJ) deveriam ser valorizadas como um marco na história do país”. Ele exalta a disposição dos representantes do Núcleo dos Anistiandos do AMRJ em fazer valer seus direitos. “É uma luta de 20 anos e não podemos deixar passar. É a hora!”.