Salvador: Festival de Música e Artes valoriza herança africana

A vereadora Olívia Santana (PCdoB) entregou os prêmios aos vencedores e destacou a importância do espaço para descoberta de talentos. “É um estímulo para jovens da periferia, artistas e compositores que vêem no evento a oportunidade de mostrar o seu trabalho e o seu potencial criativo. Muitos compositores ganharam destaque a partir da experiência de festivais como o Femadum”, lembra.

O tema central para as composições foi África do Sul. “Dentro deste tema nós focamos duas questões. A primeira diz respeito à origem da vida, o continente africano como berço da humanidade. A segunda mostra a África do Sul como o país do futebol tendo à realização da Copa do Mundo de 2010”, conta o diretor de projetos do Olodum, Marcelo Gentil.

O Femadum é realizado desde 1981. Neste período, revelou muitos talentos como Jauperi, Pierre Onassis e Luciano Almeida, autor da música “Faraó”. “Tem alguns nomes que não foram revelados pelo Femadum, mas o evento ajudou a impulsionar a carreira, como o cantor Tatau, ex-vocalista do Araketu”, comenta Gentil. Entre as músicas de sucesso lançadas no festival tem Ujaama (1984), Faraó (1987), Protesto Olodum (1988) e Revolta Olodum (1990). O Olodum promove, também, o Festival de música dos alunos da Escola Criativa Olodum (Femadumzinho) com apresentação de bandas de percussão composta por adolescentes, grupos de dança e teatro.

Curiosidades sobre o Olodum

Olodum é uma palavra de origem Yorubá que no Candomblé significa Deus dos deuses ou Deus maior. O Bloco Afro Olodum foi fundado 25 de abril de 1979, pelos moradores do Maciel Pelourinho, na Rua Santa Isabel, no bairro do Pelourinho.

O verde, o vermelho, o amarelo, o preto e o branco são as cores do Olodum. O verde representa as florestas equatoriais da África, o vermelho o sangue da raça negra, o amarelo o ouro da África, o preto o orgulho da raça negra, o branco a paz mundial.

Fonte: Boletim Olívia Santana