Estudo indica que jovens já não se preocupam tanto com Aids
Estudo realizado durante dois anos pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), envolvendo 485 portadores do vírus HIV diagnosticados na cidade de São Paulo, identificou que, nesse grupo, a maior proporção de casos de infecção recente coincidia com a
Publicado 30/01/2008 12:56
Uma das possíveis explicações para a constatação revela um cenário preocupante: recebendo “boas notícias” sobre a eficácia dos novos medicamentos e sem presenciar muitas mortes em decorrência da Aids em sua geração, esses jovens estariam menos convencidos do alto risco da infecção e até da gravidade da doença, relaxando nas medidas de prevenção.
Reforçando essa hipótese, o estudo também somou maior número de infectados há mais tempo (crônicos) na faixa etária de 26 a 59 anos; um grupo que encampa a geração que sofreu o primeiro impacto da Aids e experimentou perdas causadas pela epidemia.
Segundo o infectologista Esper Georges Kallás, docente da Unifesp e um dos autores do trabalho, os resultados sugerem que as medidas de prevenção devem ser reforçadas entre a população mais jovem. A pesquisa, só agora publicada na revista cientifica PLoS ONE, foi realizada entre 2002 e 2004 em quatro serviços públicos de assistência a portadores do HIV.
Quanto ao perfil predominante dos participantes, o estudo relata maioria de homens (78,4%), solteiros (61,7%), com idade entre 25 e 45 anos (65,8%), com infecção por via sexual (89,4%).
Fonte: UOL