Governo Lula atende reivindicações das centrais sindicais
Os dirigentes das centrais sindicais tiveram uma reunião nesta quarta-feira (30), com o ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. No encontro, o ministro deu um retorno sobre as reivindicações da 4ª Marcha da Classe Traba
Publicado 30/01/2008 16:40
De acordo com Wagner, três reivindicações foram atendidas pelo Governo Lula: ratificação das Convenções 158 e 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a participação dos trabalhadores nos conselhos administrativos das estatais. “O retorno foi positivo no sentido que o governo estará enviando ao Congresso, no início dos trabalhos, as três medidas”.
O presidente da CTB lembrou que mesmo não sendo atendida todos os pedidos dos trabalhadores, as reivindicações alcançadas devem ser comemoradas. Ele ressaltou que as centrais continuarão lutando pela conquista e a manutenção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
Como exemplo da luta que será empreendida, Wagner disse que no dia 11 de fevereiro, às 10 horas, será lançada a campanha pela redução da jornada de trabalho na Praça Ramos, centro da cidade de São Paulo. “Nós [as centrais sindicais] estamos abrindo uma campanha e vamos fazer uma pressão grande. Nossa idéia é pegar cerca de três milhões de assinaturas e apresentar no Congresso Nacional”.
O dirigente da CTB revelou que o governo acha que a diminuição da jornada de trabalho é uma das medidas que podem gerar emprego e distribuir renda. “Isso foi dito pelo ministro Dulci, como sendo opinião do presidente Lula”. Para Wagner, é evidente que isso depende de uma grande mobilização popular, porque o setor patronal faz muita pressão para que a medida não seja aprovada. “Agora o que nos cabe é a mobilização da sociedade para alcançar esse objetivo”.
A 4ª Marcha da Classe Trabalhadora foi realizada no dia 5 de dezembro de 2007 pelas centrais sindicais em Brasília. As principais reivindicações do movimento são a redução da jornada de trabalho sem redução de salário; mais e melhores empregos; fortalecimento da seguridade social e das políticas públicas; regulamentação da terceirização para combater a precarização das condições de trabalho e ratificação das Convenções 158 e 151 da OIT.
De Brasília
Alberto Marques
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