Yeda manda polícia de choque reprimir manifestação popular

Os cerca de 200 participantes do ELAOPA (Encontro Latino-Americano de organizações populares autônomas) que prepararam uma manifestação na PUC RS,onde acontece a Conferência das Cidades, foram recebidos lá pela tropa de choqu

Militantes de diversas organizações, como Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Levante da Juventude, Resistência Popular, Movimento dos Atingidos por Barragens, além dos participantes de várias entidades de países latinoamericanos foram surpreendidos pela ação violenta da BM enquanto assistiam a uma intervenção cênica do Grupo Oi Nóis Aqui Traveiz, da Terreira da Tribo.


 


A intervenção cultural dizia respeito justamente à questão da educação.


O motivo da manifestação foi a exclusão destes segmentos por parte dos organizadores da Conferência das Cidades, onde, segundo o atuador Nick Anderson, estão sendo tomadas decisões que dizem respeito a toda a população, mas que pretende excluir das áreas centrais das metrópolis os moradores que já sofrem com todo o tipo de exclusões.


 


Cidadãos pobres, moradores de rua, catadores, desempregados serão, segundo ele,retirados da circulação dos pontos centrais, para que,desta forma, as cidades possam se apresentar como cartões postais.


 


A PM usou,para reprimir a manifestação, balas de efeito moral,cassetetes,escudos e cavalarianos. Justamente com aqueles trabalhadores (catadores) que reivindicam a garantia do direito de utiliar carroças e carrinhos para a coleta do lixo.


 


Foi um flagrante desrespeito ao direito constitucional de ir e vir, uma vez que os manifestantes estavam na avenida, apresentando seu trabalho e suas reivindicações.


 


É o poder do capital usando a máquina do estado para sua proteção: Em uma conferência das cidades, cidadãos impedidos de se manifestar, violentamente reprimidos, e levando, de lembrança de Porto Alegre, várias escoriações e a certeza de que cada vez mais é necessária uma forte organização popular.


 


Regina Abrahão