Ciro acha “improvável” aliança dele com Aécio

Deputado federal cearense elogia o governador de Minas Gerais, mas lembra que ele milita nas forças de Fernando Henrique Cardoso, “enquanto eu estou entre os liderados pelo presidente Lula”. Ciro elogiou a parceria entre Cid Gomes e Luizianne Lins.

O deputado federal Ciro Gomes (PSB) disse que considera “muito improvável” uma aliança dele com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), para concorrer à presidência da República. Ciro também elogiou a postura do Governo do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza de atuarem lado a lado para baixar o valor das passagens de ônibus.


Um dos nomes mais fortes para suceder o presidente Lula no Palácio do Planalto, Ciro Gomes considera ser quase impossível compor uma chapa com Aécio Neves para concorrer ao posto. “O Aécio é um belo quadro. Falta alguma vivência nacional, que ele não tem. Nada que com talento e espírito público ele não possa suprir. No mais, é um belo quadro que a democracia brasileira produziu. Mas tem um problema: ele milita nas forças do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, e eu milito nas forças que são lideradas pelo presidente Lula. E isso é inconciliável”, sentencia.


O deputado federal declarou também que um setor da sociedade pode não concordar e fazer frente contra sua candidatura. “É muito improvável também que uma certa elite plutocrata do Brasil, não só do Sudeste, mas do Brasil, engula uma pessoa que não tem compromisso com ela. Só uma pessoa com muito apoio popular, como foi o caso do presidente Lula”, destaca.


Cartões corporativos


Sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito que visam investigar o uso de cartões corporativos, Ciro as descredencia. “Não assinei nem assino nenhum outro requerimento desses. Esse parece papel de delegacia de polícia. O governo (que entrou primeiro com requerimento de CPI) está fazendo expediente, o que acho errado. O governo tem que estar dizendo: não tenho nada a temer. Na hora que botarem o governo Fernando Henrique Cardoso (nas investigações) vai vir o mau cheiro do governo dele. Isso é paroquialismo, é coisa de São Paulo. Eu quero é trabalhar. Quero discutir reforma tributária, reforma da previdência social, reforma política”, destacou.


Em nível estadual, Ciro se disse satisfeito com os acordos firmados ultimamente entre o governador Cid Gomes, seu irmão, e a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins. “Isso é fundamental. São duas pessoas que têm compromisso com a população. A política é um meio de servir à população. Ela não pode ser usada por si mesma. Talvez o maior defeito dos políticos convencionais é fazer política pela política. A política tem que ser ferramenta para, tendo oportunidade, ajudar a população a enfrentar a dificuldade da vida. O governador Cid tem essa chance, me disse que vai reduzir os impostos do diesel dos ônibus, e a prefeita Luizianne Lins vai aproveitar para dar uma rodada a mais num dos eixos (da administração) dela, que congelou as passagens de ônibus e agora vai baixar”, afirmou.


 


 


Fonte: O POVO