Câmara Legislativa indica nomes para a CPI dos Ossos

As legendas e blocos partidários que integram a Câmara Legislativa concluíram ontem a indicação dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará denúncias de irregularidades na administração dos cemitérios, que ficou conhecida co

Com as indicações dos membros da CPI, a Câmara terá 10 dias para iniciar os trabalhos, de acordo com o que estabelece o Regimento Interno. O próximo passo será a escolha do presidente e relator da comissão. Autor do requerimento da CPI, Reguffe reclama da demora da Câmara em providenciar o começo da investigação. Ele diz que já reclamou várias vezes no plenário, mas não vê vontade dos colegas para apurar o assunto. “Quem não deve, não teme”, afirma. “É papel do Legislativo descobrir por que os preços dos enterros no Distrito Federal são abusivos e exorbitantes”, acrescenta.


 


Em novembro do ano passado, Reguffe conseguiu o apoio de oito colegas para abrir a CPI. Os deputados Chico Leite, Cabo Patrício, Érika Kokay e Paulo Tadeu, do PT, Rogério Ulysses (PSB), Paulo Roriz (DEM), Eliana Pedrosa (DEM) e Rôney Nemer (PMDB) assinaram o requerimento. O documento chegou a ser publicado no Diário da Câmara, mas a abertura dos trabalhos foi suspensa porque houve um acordo para deixar a instalação da comissão apenas no início deste ano, depois do recesso parlamentar. “Já estamos quase em março e a CPI ainda não começou a trabalhar”, reclama Reguffe.


 


O distrital do PDT passou a defender a CPI dos Ossos depois de receber denúncia na Ouvidoria sobre o sumiço dos restos mortais no cemitério de Taguatinga. Um casal foi visitar o túmulo do filho e soube que no local onde o familiar fora enterrado não havia mais o caixão. A cova seria destinada a outro corpo. Também houve denúncias semelhantes no Gama. O distrital também quer apurar se houve irregularidades na licitação ocorrida há oito anos que escolheu apenas uma empresa para cuidar de todos os cemitérios do Distrito Federal.


 


Do Correio Braziliense