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Chávez propõe grupo de amigos para paz na Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ratificou a proposta de criação de um grupo de amigos que sirvam como mediadores para alcançar a paz na Colômbia, no qual considerou ''imprescindível'' a presença da Venezuela.

''Na conformação do grupo é imprescindível que esteja a Venezuela, porque as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não acreditam em mais ninguém. Mas se a presença da Venezuela representar, de alguma maneira, um obstáculo, e se as Farc estiverem de acordo, nós não vemos nenhum problema em não participar'', declarou Chávez ao canal estatal venezuelano de televisão (VTV).



Ele adiantou ainda que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulsa, concorda com a proposta, assim como os governos do Brasil, Argentina, Equador, Bolívia e França. ''Todos estão de acordo menos (Alvaro) Uribe. Mas estou certo de que o sentimento humanitário vai fazer com que a oligarquia colombiana mude'', prevê.



O presidente, que conseguiu a libertação quarta-feira de um segundo grupo de quatro reféns, tem insistido em mediar o conflito colombiano, depois de seu colega Alvaro Uribe o ter afastado dessa função.



Propostas e decepções



Acusado por Bogotá de tentar intervir em assuntos internos da Colômbia, Chávez assegura que tenta apenas buscar a paz, e acusa Uribe de ser um ''peão do império'' norte-americano.



Chávez exortou-o a apresentar a proposta a todo o povo colombiano, e disse que, se aprovado, o grupo poderia reunir todos os atores do conflito armado colombiano. ''Ali se poderia receber um emissário de Marulanda (Manuel, líder das Farc) para que se reúna com um do governo da Colômbia, para tratar da troca humanitária e do processo de paz'', disse.



O presidente venezuelano considerou ''decepcionantes as declarações dos porta-vozes do governo da Colômbia'' porque ''atuam como se o tempo não corresse; tudo está se movendo no mundo, mas eles são contrários aos movimentos naturais e da política''.



Chávez disse mais uma vez que o tema poderia ser debatido na próxima cúpula do Unasul na Colômbia, apesar de ele não ter certeza de que poderá participar da atividade.



Fonte: Ansa Latina



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