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Palestinos fazem passeata sob bombardeio em Gaza

Milhares de palestinos percorreram as ruas de Gaza nesta sexta-feira (29), em protesto contra o bombardeio da faixa densamente povoada por parte da aviação de Israel. Pelo menos 33 pessoas foram assassinadas pelos mísseis em três dias: nove delas eram cri

Após as preces de sexta-feira, milhares de palestinos tomaram as ruas de Gaza e outras cidades. A multidão agitava bandeiras verdes do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica). “Nunca reconheceremos Israel, mesmo que assassinem todos os nossos dirigentes e matem nossas crianças”, proclamou, Jalil al Hayya, dirigente do Hamas que teve um dos filhos morto pelos ataques aéreos.



Conforme um relatório da organização humanitária judaica B'Tselem, divulgado na quinta-feira (e portanto não incluindo as três últimas mortes), Israel já matou 146 palestinos neste início de ano: 132 na Faixa de Gaza e 14 na Cisjordânia. Do total, 42 eram civis e 11 crianças. Do lado israelense os mortos foram dois, um no último dia 4 e outro na quarta-feira passada.



Israel fala em invasão “de grande porte”



Apesar da explosão de indignação na faixa de Gaza e dos protestos em todo o mundo, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, disse que seu governo “não teme” inclusive o lançamento de uma invasão “de grande porte”.



“É preciso se preparar para uma escalada na frente sul (onde fica Gaza). Uma operação terrestre de grande porte é [uma possibilidade] real e tangível”, ameaçou Barak. Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, Tzipi Livni, instou a comunidade internacional a “respeitar” qualquer operação “destinada a garantir a segurança dos cidadãos de Israel”.



Já o dirigente do Hamas Ghazi Hamad avaliou para a TV Al Jazira que Israel reluta em promover uma invasão porque teme ser “detido”. Mas ele agregou que “sabemos que a Faixa de Gaza é uma área pequena [menos de 10 km de largura e 40 km de comprimento]. E está aberta para Israel. Eles podem matar a maior parte do povo palestino [1,5 milhão de pessoas, uma das maiores concentrações demográficas do mundo] e destruir tudo. O papel da comunidade internacional é conter os crimes de Israel na Faixa de Gaza”, afirmou.



Da redação, com agências