Volume mais alto na CPI da Cidade da Música
“Prestem bem atenção, porque a população está de olho”, avisou o vereador Roberto Monteiro (PCdoB) aos colegas da CPI, que investigará os mais de R$ 460 milhões gastos pela prefeitura com a Cidade da música. O recado é para que os vereadores da base gover
Publicado 29/02/2008 18:59 | Editado 04/03/2020 17:05
As declarações foram feitas, no dia 28 de fevereiro, durante uma acalorada sessão na Câmara. O vereador Roberto Monteiro reafirmou a sua disposição de apurar a fundo o caso e alertou, diretamente, os três colegas ligados ao governo Cesar Maia para que não façam uma aliança para esvaziar ou atrapalhar os trabalhos da CPI.
“Espero que o PMDB, que há algum tempo anda no colo do governo municipal, não faça do que chama de investigação responsável, algo que não resulte em nada. A CPI precisa dar respostas à sociedade carioca”, cobrou Roberto.
Com três vagas entre os cinco membros da comissão, Paulo Cerri afirmou categoricamente, na plenária, que usará dessa maioria para ocupar a presidência e a relatoria da CPI. O vereador do DEM, também líder do governo na Câmara, defendeu a Cidade da Música, dizendo que daqui a 30 anos ela terá seu valor reconhecido.
“Pelo contrário, vossa excelência, muita gente vai morrer nesses trinta anos. Porque esse dinheiro, que deveria ir para o atendimento das pessoas e a prevenção de doenças na rede municipal de saúde, segue para uma obra possivelmente superfaturada”, rebateu Roberto em seu discurso.
Primeira reunião
A CPI da Cidade da Música marcou para a próxima segunda-feira (3 de março) a primeira reunião para investigar o escândalo dos altos gastos da obra.