BA: bancários distribuem livros em protesto ao Bradesco
O Sindicato dos Bancários da Bahia realizou na manhã desta quarta-feira (5) um protesto contra a recusa do Bradesco em pagar o auxílio-educação a seu funcionalismo. A manifestação aconteceu em frente à agência Centro, no Comércio, e distribuiu à população
Publicado 05/03/2008 18:02
BB, Caixa, Santander, Real ABN, Itaú, Safra, Unibanco, HSBC, todos os grandes bancos brasileiros, concedem o auxílio-educação a seus funcionários. A exceção na lista das grandes instituições financeiras é o Bradesco, o auto-intitulado “banco completoR”, se nega a pagar o auxílio-educação a seus funcionários.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes Neves, a manifestação tem um significado importante, pois, além de ter dado início à campanha de doação de livros, abordou um tema que é essencial para o desenvolvimento do país que é a educação.
Números
O Bradesco obteve um lucro de R$ 8 bilhões no ano passado, um resultado 60% superior a 2006. Segundo estudo da consultoria Economática, o banco já supera pesos pesados dos Estados Unidos. O Bradesco vale mais do que o Merril Lynch (US$ 53 bilhões contra US$ 46,9 bilhões). Também está a frente do Morgan Stanley e do Bank of New York Mellon Corp.
Tanto dinheiro e prestígio não se refletem em melhorias para os funcionários, os principais responsáveis pelos números astronômicos. A atitude do Bradesco apenas demonstra que o compromisso do banco é com o lucro.
Participam do protesto junto com o Sindicato dos Bancários da Bahia, a UJS (União de Jovens Secundaristas), a UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas), a Abes (Associação Brasileira de Estudantes Secundaristas) e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Fonte: Assessoria de imprensa do sindicato.