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Lula recebe Correa, que define ação colombiana como massacre

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está reunido nesta quarta-feira (5) com o colega do Equador, Rafael Correa. Na reunião, eles conversam sobre a crise entre Colômbia, Equador e Venezuela. No encontro, Correa entregou a Lula um CD com imagens que e

A invasão resultou na morte do porta-voz internacional e número dois das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Raúl Reyes. O Equador reclama da invasão de seu território pela Colômbia. A Colômbia, por sua vez, acusa o governo do Equador de acobertar as Farc.



Para o presidente equatoriano, é necessário que a OEA (Organização dos Estados Americanos) cobre uma posição mais firme em relação à ação militar colombiana no território de seu país.



Além dos dois presidentes, participam da conversa os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional), assim como Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais.



A expectativa é a de que Correa conceda uma entrevista coletiva logo após o encontro com Lula. Em nome do governo brasileiro deverá falar o ministro Celso Amorim.



Defesa



Ao chegar ao Brasil na noite de terça-feira, Correa afirmou que defenderá a soberania de seu país, embora informe que não tenha disposição para um conflito armado. “Somos um país pequeno, mas vamos nos defender com nossos próprios meios. […] O massacre já começou. Não vamos cruzar os braços”, disse ele.



O presidente do Equador disse ainda que o país destruiu mais de 42 acampamentos das Farc em seu território.



Desde terça-feira Correa disse ter dado início a uma série de viagens por países da região para defender a posição equatoriana. Antes de chegar a Brasília, esteve em Lima (no Peru). Nesta quarta-feira, ele deve seguir para República Dominicana, Venezuela, Panamá e Nicarágua.



“Agressão inqualificável”



Ainda na noite desta terça-feira, Correa deu uma entrevista exclusiva ao Jornal da Globo, na qual criticou a postura de Uribe em relação às supostas bases das Farc em outros países do continente.



“Uribe tem 70 mil km controlados pelas Farc. Ele não pode vir com esse infantilismo de que porque existem bases no Equador, há no Peru, assim como provavelmente há no próprio Brasil e como há na Venezuela. São lugares de acesso terrivelmente difícil, fronteiras tremendamente porosas. Insisto, o próprio Uribe, com os US$ 3 bilhões anuais que recebe dos americanos, apesar da alta tecnologia de que dispõe, dos 400 mil soldados, não consegue detectar as bases das Farc na Colômbia. De que está falando? Que vá contar essas histórias em outros lugares. Não vai justificar o que fez: uma agressão inqualificável a um país irmão”, disse o presidente equatoriano.



Da redação, com agências