Mulheres de luta são homenageadas em Fortaleza

A audiência, em consonância com o Dia Internacional da Mulher, serviu para que convidados e participantes cobrassem das autoridades atitudes e mudanças nas políticas públicas. “As mulheres precisam ter inserção nos debates sobre as reformas política, tributária, educacional, urbana, e rural”, manifestaram.

Outro assunto também citado foi a violência praticada contra as mulheres.”Indíces de todos os tipos de violência são gritantes. Da violência física à psicológica”, lembrou Eliana Gomes.

A representante comunista no Poder Legislativo de Fortaleza diz que também existem distorções no mercado de trabalho, quando se compara questões salariais entre homens e mulheres. “As mulheres desenvolvem atividades idênticas aos homens, no entanto, há discrepância na forma de remuneração. Parece ser um ranço mais cultural do que qualquer outra coisa nestes tempos modernos”, argumentou Eliana Gomes ao abrir a audiência.

Homenagens e luta

A vereadora aprofundou ainda mais o processo de desigualdade na saudação as mulheres ao revelar que “em Fortaleza o universo representa mais da metade da população. As mulheres cada vez assumem a chefia da família, nem mesmo assim há uma mudança de comportamento, com a pobreza tendo cara feminina. Isso acontece porque as mulheres continuam ganhando menos que os homens” discursou na tribuna Eliana Gomes.

A audiência pública realizada nesta manhã de hoje, 7, no auditório Ademar Arruda na Câmara Municipal tornou o cenário pequeno para convidados, homenageados e participantes do encontro. Oito mulheres de vários segmentos receberam comendas destacando o Dia Internacional da Mulher. Ritelza Cabral, prefeita de Aquiraz; Francilene Brito Bessa, defensora Pública Geral; Argentina Moreira, fundadora do Centro Popular da Mulher; Elza Braga, professora da UFC; Peregrina Capelo, mestre da UFC; Maria da Penha, professora; além da prefeita Luizianne Lins.

Um filme sobre a luta e o trabalho desenvolvido pelas mulheres no Brasil desde a época do Império até os dias contemporâneos deu o tom dos debates acompanhado por trilhas sonoras dos cantores Ivan Lins, Gonzaguinha e Gilberto Gil. Heloneida Studart, Benedita da Silva. Camila Pitanga, Arlete Sales, pontuaram depoimentos sobre a batalha do feminino na busca de conseguir avanços e a “não submissão ao universo masculino”.

Fortaleza feminina

 A vereadora Eliana Gomes ao encerrar o discurso na tribuna observou que “Fortaleza tem um novo olhar para as mulheres sob a administração da prefeita Luizianne Lins. O Hospital da Mulher, por exemplo, é uma afirmação política. A Casa de Abrigo para as mulheres e outras conquistas sociais. Não é uma caminhada fácil, porque precisamos ainda de novas delegacias para o segmento. Não basta só a Lei Maria da Penha. Defendemos uma sociedade mais justa, igualitária”, frisou.

A vereadora Nelba Fortaleza (PTB), que preside a Comissão da Mulher e da Criança e Adolescente ao ocupar a tribuna preferiu ler uma mensagem curta onde valoriza a mulher. “Mulher/Semente/Ser mente/Multifacetada/Mulher ser que dá conta/Sem perder conta”, citou a parlamentar.

Fonte: www.cmfor.ce.gov.br