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Israel bombardeia sede da Federação Geral dos sindicatos palestinos

Dois aviões de combate israelenses F-16, de fabricação americana, destruíram na última quinta-feira (6) com mísseis ar-terra a sede da Federação Geral Palestina dos Sindicatos, um edifício de cinco pavimentos localizado na Faixa de Gaza.



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O sindicato, estabelecido em 1965, é um dos pioneiros do movimento em prol de um boicote internacional a Israel, e a imposição de sanções pela ONU até que os ocupantes cumpram suas obrigações determinadas pelas resoluções da ONU sobre suas fronteiras e o direito dos refugiados palestinos de regressárem a sua pátria.



Os membros da união de sindicatos voltaram ao seu trabalho, após o bombardeio, sob uma tenda de acampamento, recolhendo papéis e arquivos possíveis de serem resgatados dos escombros.



“A ocupação não precisa de nenhuma justificativa para cometer crimes contra os palestinos”, disse à IPS Nabil al-Mabhouh, chefe da Federação Geral Palestina de Sindicatos em Gaza. Tudo indica que o sindicato era um alvo da aviação israelense porque “estamos apoiando os direitos de dezenas de milhares de trabalhadores palestinos”.



Mabhouh afirmou que sua organização dedica-se apenas aos direitos dos trabalhadores, não sendo uma organização “militante” palestina. Ela é aberta a todas as pessoas, de diferentes filiações políticas e lugares. “Temos relações com muitos sindicatos internacionais”. Segundo ele, a Federação havia acabado de receber uma contribuição em dinheiro da Noruega.



“A orientação contra uma organização civil mostra como é bárbara e atroz a ocuapção israelense”, afirmou. “Não estamos lançando foguetes, somos um sindicato de trabalhadores da construção e nada justifica o ataque”, comentou.



Os funcionários palestinos estimam que Israel utilizou cerca de uma tonelada de mísseis na região do edifício, que fica em uma área densamente povoada da Faixa de Gaza.



Além dos sete mortos e dos mais de 37 feridos, em sua maioria mulheres e crianças, alguns deles estão em estado grave no hospital de Shifa. As casas nos arredores, contam os funcionários, podem cair a qualquer momento, por causa dos danos causados pelas bombas na área circunvizinha ao edifício.