Movimento feminista de Caxias do Sul na luta pela redução da jornada de trabalho
Neste sábado (8), Dia Internacional da Mulher, a Praça Dante Alighieri foi palco de reivindicações das Mulheres de Caxias do Sul. Elas contaram com o apoio do Movimento Sindical, ali representado por diversas categorias, entre elas, metalúrgicas, comer
Publicado 10/03/2008 17:21 | Editado 04/03/2020 17:12
O ato público em comemoração ao Dia Internacional da Mulher contou ainda com atrações artísticas, distribuição de panfletos sobre a Lei Maria da Penha e com a coleta de assinaturas que iram compor o abaixo-assinado pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial proposto pelas centrais de trabalhadores de todo o país.
Centenas de pessoas que passaram pelo local aderiram à manifestação feminista. Esta luta não é só das mulheres, disse Abgail Pereira, da Secretaria das Mulheres da CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
“A adesão dos trabalhadores a este movimento é evidente e mostra o potencial da campanha pela redução da jornada se redução salarial,” avalia a líder da CTB no Estado.
Abgail considera que o momento é muito propício e os trabalhadores brasileiros vão atingir a meta de mais 1 milhão de assinaturas até o dia 1º de maio- Dia do Trabalhador, que terá a redução da jornada como pauta principal.
Conferência das Mulheres
Na sexta-feira, (7), as mulheres ganharam destaque na Câmara de Vereadores com a Conferência Municipal do Dia Internacional da Mulher, Mulheres por um Mundo de Igualdade contra toda a opressão.
O evento foi uma promoção da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança e o Movimento de Mulheres de Caxias do Sul. As trabalhadoras metalúrgicas foram representadas pela diretora do departamento Feminino do Sindicato, Eremi Melo que falou sobre as Mulheres e o mundo do trabalho.
A sindicalista criticou o sistema capitalista que cada vez mais tem absorvido e explorado a mão-de-obra feminina. Outro ponto destacado por ela foi a Lei Maria da Penha que garante maior proteção às mulheres vítimas de violência. “A Lei é uma grande conquista das mulheres, a partir de agora, os agressores vão receber maior punição, mas para que isso aconteça de fato é preciso que as mulheres denunciem os seus agressores e toda a forma de discriminação seja ela no lar ou no local de trabalho,” pondera a diretora.
O evento contou ainda a participação da funcionária e médica do Sindicato dos Metalúrgicos, Luciana Nassbaumer, que falou sobre as doenças como LER/DORT, adquiridas devido às más condições de trabalho e ao excesso de horas extras.