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Vídeo: por direitos, mulheres tomam as ruas no 8 de março

Neste sábado (8), milhares de mulheres foram as ruas comemorar as conquistas obtidas e reivindicar mais direitos. Entre as bandeiras levantadas estavam a legalização do aborto, a ampliação da licença maternidade, a redução da jornada de trabalho e a igual

São Paulo

 

Cerca de cinco mil pessoas participaram do ato do Dia Internacional da Mulher, realizado no sábado, no centro de São Paulo. A manifestação exigiu igualdade, mais espaço para participação política e o fim da violência contra a mulher e legalização do aborto.

 

Para Nádia Campeão, presidente do PCdoB/SP, ganha destaque nesse 8 de março ''a luta das mulheres trabalhadoras pela redução da jornada de trabalho e por conquistar uma licença maternidade de seis meses''.

 

Rozina Conceição, da coordenação estadual da União Brasileira de Mulheres, ressalta o fortalecimento da bandeira pela legalização do aborto como saldo da atividade. ''O 8 de março demonstrou a força do movimento feminista para lutar pela legalização e descriminalização do aborto, que deve ser visto como um problema de saúde pública e um direito da mulher. Nesse sentido, vamos intensificar a pressão junto ao Congresso para que a medida seja aprovada''.

 

O evento foi organizado por entidades feministas e também contou com a participação de partidos políticos de esquerda. Assista o vídeo:

 

 

Santa Catarina

 

Em Florianópolis foi realizada, na quinta-feira (6), uma audiência pública no auditório do Tribunal de Justiça, com a presença de vários parlamentares do estado, para discutir políticas para as mulheres. Associações e movimentos em defesa dos direitos feministas voltaram a apresentar suas reivindicações em várias áreas, como saúde, educação, segurança pública, agricultura e habitação. Um encontro com o governador voltou a ser solicitado, pois o movimento espera pela audiência desde 2007.

 

O encontro teve início com a apresentação da pauta de reivindicação pela representante do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas (MMTU), Schirlei de Azevedo. As solicitações englobam a implantação da Lei Maria da Penha; a valorização do trabalho feminino com garantias de direitos trabalhistas e redução da jornada de trabalho; a criação urgente da Defensoria Pública; linha de crédito especial para as mulheres camponesas, entre outras questões.

 

“Esperamos que desta vez o governador atenda as pautas das mulheres”, acrescentou Schirlei.

 

Carmen Munarini, do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), defendeu a agroecologia, principalmente por ter menos impacto ambiental. A preocupação com a preservação do meio ambiente ficou evidenciado em seu discurso.

 

“Queremos viveiros de árvores nativas e não de pinus e eucalipto, que não reflorestam e prejudicam ainda mais o solo”, falou.

 

Ações voltadas para a saúde da mulher do campo, pedindo alimentos de melhor qualidade e de educação, com a disponibilidade de transporte escolar para o ensino fundamental foram às outras reivindicações.

 

“Estamos aqui para apresentar a nossa pauta novamente, já que o governador não atendeu nossas reivindicações em 2007”, relatou.

 

“Mulheres ainda morrem nesse dia, mas no anonimato. Por isso precisamos de mais delegacias especializadas, condições de se eleger mais mulheres e não colocar os nomes simplesmente para preencher a cota de 30%, exigida pela Lei Eleitoral”, frisou a deputada Ana Paula Lima (PT).

 

Bahia

 

Pelo fim da violência doméstica e familiar e por mais participação nos espaços de poder, centenas de mulheres marcharam pelas ruas do Centro de Salvador nesta sexta-feira (07). Elas vieram de várias partes da capital e até do interior do estado para participar da celebração do Dia Internacional da Mulher. A antecipação da manifestação em um dia, não tirou o brilho da caminhada, que coloriu com destaque de roxo e rosa a avenida Sete de Setembro, uma das ruas de comércio mais movimentadas da cidade.

 

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participou com destaque. Também vieram trabalhadoras do campo e da cidade de outras centrais sindicais, de partidos políticos, militantes do movimento negro, comunitário, da juventude, integrantes da União Brasileira de Mulheres (UBM), e outras entidades feministas.

 

''Esta marcha marca a luta contra a opressão da mulher. Estamos levando as bandeiras da atualidade que são mais creches, a garantia de varas especiais para combater a violência contra a mulher, a efetivação da Lei Maria da Penha, a instalação de um programa de treinamento para o trabalho e outras demandas femininas'', declarou a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA).

 

Para a vereadora Olívia Santana (PCdoB), ''as marchas são momentos de celebração das conquistas e afirmações da luta cotidiana das mulheres por um novo Brasil democrático, justo, de igualdade de gênero, de avanços na  agenda pelos direitos da mulher. Isso é fundamental, principalmente para que as mulheres ocupem espaços de poder político, porque se não houver compartilhamento dos espaços de poder, não será possível alcançar a igualdade.''

 

''Todos os anos nós conseguimos parar a cidade, e não apenas no percurso, para mostrar a garra, a força da mulher e a importância do papel que ela desempenha na sociedade'', disse a coordenadora estadual da UBM, Patrícia Ramos.

 

A celebração era pelo Dia da Mulher, mas muitos homens acompanharam a caminhada, como os deputados federais Daniel Almeida (PCdoB) e Nelson Pelegrino (PT), o deputado estadual Álvaro Gomes e os vereadores Everaldo Augusto e Reginaldo Oliveira, todos do PCdoB, que fizeram questão de levar seu apoio e prestar homenagens às mulheres.

 

Além de Salvador, também em Itabuna ocorreram atividades. O evento, que aconteceu na Praça José Bastos, ofereceu gratuitamente à população, principalmente às mulheres, serviços de assessoria jurídica, saúde e beleza. Entre as entidades envolvidas estiveram a Delegacia Regional da Mulher, a Defensoria Pública do Estado, o Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS (Gapa) e as secretarias municipais de Saúde e Assistência Social.

 

Ceará

 

A Câmara Municipal de Fortaleza realizou na sexta-feira (7), uma audiência pública no auditório Ademar Arruda para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A iniciativa foi da vereadora Eliana Gomes (PCdoB), apoiada pelas vereadoras Fátima Leite (PHS), Terezinha de Jesus (PHS) e Nelba Fortaleza (PTB) e homenageou oito mulheres que se destacaram por sua atuação social e política.

 

As homenageadas foram: Ritelza Cabral, prefeita de Aquiraz; Francilene Brito Bessa, defensora Pública Geral; Argentina Moreira, fundadora do Centro Popular da Mulher; Elza Braga, professora da UFC; Peregrina Capelo, mestre da UFC; Maria da Penha, professora; além da prefeita Luizianne Lins.

 

“As mulheres desenvolvem atividades idênticas aos homens, no entanto, há discrepância na forma de remuneração. Parece ser um ranço mais cultural do que qualquer outra coisa nestes tempos modernos”, argumentou Eliana Gomes, ao abrir a audiência.

 

A vereadora ainda disse que “em Fortaleza as mulheres representam mais da metade da população e estão assumindo a chefia da família, porém, nem mesmo assim, há uma mudança de comportamento, com a cara feminina da pobreza. Isso acontece porque as mulheres continuam ganhando menos que os homens.”

 

Um filme sobre a luta e o trabalho desenvolvido pelas mulheres no Brasil, desde a época do Império até os dias contemporâneos, deu o tom dos debates acompanhado por trilhas sonoras dos cantores Ivan Lins, Gonzaguinha e Gilberto Gil. Heloneida Studart, Benedita da Silva. Camila Pitanga, Arlete Sales, pontuaram depoimentos sobre a batalha do feminino na busca de conseguir avanços e a “não submissão ao universo masculino”.

 

Piauí

 

A União Brasileira de Mulheres (UBM) participou na última sexta-feira (7) de uma passeata nas ruas de Teresina em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.

 

Com faixas pretas, as mulheres pediam punição imediata para assassinos de mulheres; fortalecimento do SUS; legalização do aborto; melhores empregos e salários; direito à liberdade afetiva e sexual; políticas públicas para garantir o direito a terra, à água, trabalho e renda.

 

Além da UBM, participaram da manifestação a Academia de Inclusão Social, Fetag, Casa de Luzia, Fórum de Mulheres Piauienses, Secretaria de Segurança Pública, entre outras entidades em defesa da mulher.

 

As mulheres do bairro Promorar, zona Sul de Teresina, realizaram uma festa em comemoração ao Dia da Mulher. No domingo (9), o deputado federal Osmar Júnior (PCdoB-PI) foi pessoalmente parabenizá-las. O evento contou com a coordenação do líder comunitário “Joaquim do Arroz”, como é conhecido no bairro.

 

Veja abaixo a galeria de fotos.