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Chico e Caetano farão leitura pública da obra de Jorge Amado

Os cantores Chico Buarque e Caetano Veloso vão ler trechos da obra do escritor baiano Jorge Amado (1912-2001), no Sesc Pinheiros, em São Paulo. A leitura será na terça (25), às 20 horas. A entrada será gratuita, e a distribuição dos convites está marca

O evento terá ainda participação de Alberto da Costa e Silva, Mia Couto e Milton Hatoun. Não está previsto que Caetano e Chico cantem juntos. Mas, segundo uma fonte da organização do evento, é possível que Caetano dê “uma canja”, com canções que falam da obra de Jorge Amado.


 


Caetano Veloso compôs A Luz de Tieta, para o filme Tieta do Agreste (1996), de Cacá Diegues, baseado no livro homônimo de Amado. Caetano também cantou o sucesso Meia Lua Inteira, de Carlinhos Brown, que foi tema da novela Tieta (1989-1990), de Aguinaldo Silva.


 


Já Chico Buarque foi responsável pela canção-tema O Que Será, do filme Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), dirigido por Bruno Barreto e também baseado em obra homônima de Jorge Amado. O longa é o mais visto da história do cinema nacional.


 


Nos dias 27 e 28 de março, no mesmo Teatro Paulo Autran, haverá show de homenagem a Jorge Amado, com Nana, Dori e Danilo Caymmi. O show se chama A Música de Jorge Amado. Na apresentação, os três irmãos vão resgatar a parceria entre o pai deles, Dorival Caymmi, e Jorge Amado, com Cristóvão Bastos ao piano. Os ingressos vão custar entre R$ 7,50 e R$30. Os eventos fazem parte do relançamento da obra de Jorge Amado pela Companhia das Letras.


 


Biografia


 


Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado, Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do estado da Bahia. Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Nesse período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária.


 


Publicou seu primeiro romance, O País do Carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lilá (morta em 1949). Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.


 


Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista do Brasil, tendo sido o deputado federal mais votado do estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso.


 


Nesse mesmo ano, casou-se com a paulistana Zélia Gattai. Entre 1950 e 1952 o casal viveu na antiga Tchecoslováquia (hoje República Tcheca). Com Zélia, Jorge teve dois filhos: João Jorge Amado e Paloma Amado. Ele morreu em 6 de agosto de 2001, em Salvador. Suas cinzas foram enterradas no jardim da casa onde vivia, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, no dia em que completaria 89 anos.


 


Jorge Amado ocupava a cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras. Hoje, a cadeira é ocupada por sua viúva, a também escritora, Zélia Gattai. A obra literária de Jorge Amado foi traduzida em 55 países e em 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em fitas gravadas para cegos.


 


Da Redação, com informações da Folha Online