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Secretário da OEA conclui visitas ao Equador e Colômbia

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, concluiu nesta quarta-feira uma visita ao Equador e à Colômbia para ouvir as versões dos dois governos sobre a operação militar colombiana da madrugada do dia 1º em terri

Ao apresentar um balanço da violação da fronteira, para a imprensa em Bogotá, Insulza disse que teve a colaboração dos dois governos – dos presidentes Rafael Correa, do Equador, e Álvaro Uribe, da Colômbia. Admitiu que ambos têm versões distintas, mas afirmou que está pronto para elaborar seu relatório, conforme a decisão do Conselho Permanente da OEA.



Um episódio, duas versões



“Os dois governos disseram coisas distintas sobre a forma com que se produziu o ataque. Verificamos em detalhe a versão colombiana, e temos os argumentos do Equador”, afirmou.



Na coletiva de imprensa, na sede da Chancelaria da Colômbia, Insulza afirmou que também houve pontos de acordo. “Há pontos que elucidamos e sobre os quais há um acordo suficiente; por exemplo, o caráter que tinha o acampamento (dos guerrilheiros das Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e as razões por trás do ataque”, comentou.



Na sexta-feira passada (7), durante a 20ª Cúpula do Grupo do Rio, em Santo Domingo, República Dominicana, os países latino-americanos designaram uma comissão, encabeçada por Insulza, com a missão de viajar a Quito e Bogotá para obter informação sobre o que aconteceu na fronteira entre os dois países.



Na primeira madrugada de março, as forças armadas colombianas penetraram em território colombiano, sem consentimento do governo, para matar o segundo líder das Farc, Raúl Reyes, e duas dezenas de outros guerrilheiros.



A incursão não autorizada gerou uma situação difícil entre os dois países, aos quais se somaram a Venezuela e a Nicarágua, que apoiaram o Equador por julgar que a ação colombiana violava a soberania da nação vizinha. A Cúpula do Grupo do Rio superou o momento mais tenso da crise, com os presidentes envolvidos trocando apertos de mão e a normalização das relações estatais, que chegaram a ser suspensas pelo Equador.



Da redação, com Agência Bolivariana de Notícias (http://www.abn.info.ve)