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China: Lhasa retorna à calma

''Lhasa está calma'', disse neste domingo (16) o prefeito da cidade, Doje Cezhug, à mídia que acompanhou os recentes distúrbios provocados pelos separatistas desde a última sexta-feira. ''A lei marcial não está mais em vigor, e a situação em todo o T

Cezhug afirmou que a sublevação foi provocada por um grupo de monges e criminosos, que procurou surrar pessoas inocentes, destruir, saquear e incendiar escolas, hospitais, lojas e diversos prédios públicos.



''Estes atos estavam orientados a perturbar a vida estável e agradável das pessoas no Tibete'', afirmou o prefeito. ''O governo conseguiu garantir a estabilidade e a segurança para as pessoas'', completou.



Mais de uma dezena foram mortos



Os distúrbios provocados pelos separatistas na última sexta-feira mataram 10 pessoas e feriram gravemente 12 policiais e servidores públicos da Região Autônoma do Tibete.



Dois policiais estão em estado crítico, disse Zhang Yijiong, vice-secretário do Partido na Região, e um membro da Assembléia de Deputados do Tibete.



''Os atos de sabotagem levaram a grandes perdas de pessoas e bens'', lamentou Zhang. De acordo com as últimas notícias, 22 edifícios foram incendiados e dezenas de automóveis foram queimados.



''Todas as vítimas são pessoas inocentes, que foram queimadas até a morte'', informou o representanto do governo regional.



Dois funcionários de um hotel nas adjacências e dois proprietários de pequenas lojas estão entre as vítimas.



Alguns vândalos atacaram pessoas, casas e carros com pedras e coquetéis molotov, incendiando veículos, lojas e restaurantes no fim da tarde de sexta-feira, em um distúrbio ''premeditado'', de acordo com o representante do governo.



Dalai e sua clique



O governo da Região Autônoma do Tibete afirmou que existem grandes evidências provando que a recente onda de sabotagem em Lhasa foi ''organizada, premeditada e liderada'' pela clique do Dalai Lama. O governo também ponderou que o Tibete é uma parte inseparável da China, “o que é um consenso da comunidade internacional”.


 


Segundo a agência de notícias Xinhua, na segunda-feira, 10 de março, cerca de 300 monges locais pretenderam efetuar sabotagens em Lhasa. Entre os dias 11 e 13, alguns agitadores continuaram se reunindo e atiraram pedras, cal e água fervente contra agentes de segurança e policiais, deixando dezenas de pessoas e funcionários feridos, vários em estado grave.


 


No dia 14, agitadores começaram a se reunir na rua Bharkor. Eles realizaram atos violentos, incluindo agressões, quebra-quebra, roubos e incêndios. Os desordeiros agrediram postos policiais, instituições governamentais e roubaram bancos, lojas, bombas de gasolina e mercados.


 


Segundo estatísticas preliminares, 22 construções, incluindo três escolas primárias, foram queimados pelos delinqüentes, dezenas de carros policiais e civis foram destruídos pelo fogo e dez civis inocentes foram mortos. Doze policiais e agentes de segurança armados foram gravemente feridos.


 


''A sabotagem levantou indignação e foi fortemente condenada por pessoas de todos os grupos étnicos no Tibete'', afirmou o representante do governo à Xinhua.



''Os departamentos competentes do governo regional estão tomando medidas efetivas para conduzir o incidente dentro dos parâmetros da lei'', afirmou.



''Somos perfeitamente capazes de manter a estabilidade social no Tibete e salvaguardar a segurança das pessoas e dos grupos étnicos do Tibete e suas propriedades'', afirmou o representante.



''Os planos dessa minoria contra a estabilidade e a harmonia do Tibete vão contra a vontade do povo e estão condenados a fracassar'', concluiu.



Testemunhas afirma que um grande número de lojas nas duas ruas principais da cidade e ao redor do Templo Jokhang, do Monastério Ramogia e do Mercado Chomsigkang foram queimadas ao redor das 14h de sexta -feira, liberando grande volume de fumaça. Alguns veículos foram incendiados.



Todas as lojas próximas ao templo e ao monastério foram fechadas. De acordo com várias fontes, a ordem pública foi restabelecida no centro de Lhasa, com o retorno do fornecimento de eletricidade e telecomunicações.