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Mídia ocidental distorce cobertura sobre Tibete, acusa China

A Xinhua, agência de notícias estatal da China, publicou nesta segunda-feira (24), um editorial sobre a cobertura dos confrontos entre tibetanos e chineses, que ocorreram em diversos pontos do país na semana passada. A agência acusa a imprensa ocidental d

O texto pergunta se os veículos “entendem a história e cultura do Tibete” – e se sabem que “muitas pessoas tibetanas dão valor à atual situação (de liderança chinesa)”. O artigo também afirma que certas mídias ocidentais negligenciaram os fatos e apresentaram reportagens distorcidas por mais de dez dias.


 


A acusação vem em meio à forte discussão na internet fora da China sobre o papel da imprensa ocidental na questão do Tibete. O principal jornal em inglês da China, o China Daily, publicou em suas capa, na edição desse fim de semana, imagens dos sites da CNN, Washington Post e Berliner Morgenpost, mostrando que as fotografias que ilustravam artigos sobre os confrontos do Tibete seriam, na verdade, imagens fora de contexto.


 


Segundo a agência chinesa, imagens que mostravam soldados nepaleses agredindo manifestantes tibetanos em Katmandu, no Nepal, foram publicadas junto com textos sobre Lhasa, no Tibete, o que causaria a idéia de que a violência teria sido perpetrada pelas forças chinesas.


 


De acordo com o China Daily, as fotos irritaram chineses usuários da internet que moram no exterior e falam inglês. Esses chineses teriam criticado a imprensa ocidental em salas de bate-papo por não serem fiéis aos fatos.


 


Denúncia reverberada


 


Já na quarta-feira (19), o governo chinês afirmou que está indignado com a cobertura “escandalosa e hostil” da imprensa estrangeira sobre os distúrbios em Lhasa, no Tibete. “Alguns veículos de comunicação ocidentais deformaram intencionalmente os fatos e descreveram graves crimes como protestos pacíficos, para caluniar nossos esforços legítimos de manter a estabilidade social”, disse um funcionário do governo tibetano citado pela agência Xinhua.


 


A imprensa estatal chinesa declarou que 13 civis foram mortos devido à onda de violência incitada pelo dalai-lama, líder espiritual dos tibetanos. “Sem conhecer até mesmo os fatos básicos sobre os crimes cometidos pelos arruaceiros, alguns meios de comunicação ocidentais afirmam hipocritamente que o governo chinês não deve suprimir as manifestações pacíficas e o respeito aos direitos humanos”, disse um porta-voz do governo.


 


Da Redação, com informações do Portal Imprensa