Estudantes vão inaugurar monumento em homenagem ao estudante Edson Luís
Os estudantes do Rio de Janeiro vão inaugurar, nesta sexta-feira (28), um monumento em memória ao secundarista Edson Luis, assassinado no restaurante Calabouço, em 1968, pela ditadura militar. Ex-dirigentes estudantis como José Dirceu e Vladimir Palmei
Publicado 26/03/2008 20:28 | Editado 04/03/2020 17:05
A homenagem faz parte da Jornada de Lutas da UNE e da UBES. As entidades estão realizando uma série de manifestações em todas as capitais do Brasil para exigir mais verbas para a educação.
A Jornada já é uma tradição das entidades que a cada ano, sempre no mês de março, elege um tema relacionado à educação, que esteja na ordem do dia. Este ano a Jornada de Lutas elegeu as seguintes bandeiras: fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU); gestão democrática nas escolas; aumento nas verbas, com 10% do PIB para a educação; limitação do capital estrangeiro nas universidades brasileiras; mais qualidade e acesso ao ensino superior.
Edson Luís
O estudante Edson Luís, quando tinha 16 anos, foi morto a tiros pela polícia durante uma manifestação estudantil no restaurante público Calabouço, no Rio de Janeiro, contra o mau funcionamento do local.
O assassinato revoltou os estudantes, que não permitiram que o corpo ficasse no IML e o levaram à Assembléia Legislativa para ser velado publicamente, onde foi coberto pela bandeira do Brasil. A missa de sétimo dia da morte de Edson Luís encheu a Igreja da Candelária, que foi isolada. A morte do estudante desencadeou protestos que culminaram com a histórica Passeata dos Cem Mil.