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Federação Árabe do Brasil protesta contra a Faixa de Gaza

Para protestar contra o cerco a Faixa de Gaza a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) fará um ato público neste domingo (30) na Praça Oswaldo Cruz, nas proximidades da Avenida Paulista. Eles repudiarão o massacres e crimes do estado de Israel ao pov

O ato acontecerá as 10h do domingo. A Praça Oswaldo Cruz também é próxima à estações de metrô Brigadeiro e Paraíso. Além da Fepal, o Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes também organiza o ato. 


 


História


 


Com o fim do Império Otomano em 1917, o território que é hoje conhecido como Faixa de Gaza foi concedido à Grã-Bretanha pela Sociedade das Nações sob a forma de mandato sobre a Palestina.


 


Quando em 1947 a Assembleia-Geral das Nações Unidas dividiu a Palestina em dois estados, um judeu e o outro árabe, a área que corresponde à Faixa de Gaza deveria integrar o estado árabe. Porém, o plano seria rejeitado, dando início à primeira guerra israelo-árabe. A cidade de Gaza foi durante este conflito invadida pelo Egito e em resultado das lutas com Israel, acabou por definida uma linha de armistício em torno da cidade, que se tornaria a Faixa de Gaza.


 


Esta faixa de terra foi um dos locais onde se fixaram as populações árabes palestinas que se tornaram refugiadas em consequência da guerra entre Israel e os paises árabes vizinhos.


 


Gaza esteve sobre controlo egípcio entre 1949 e 1967, excepto no anos de 1956-1957 quando foi tomada por Israel durante a crise do Canal de Suez. O Egito não considerou os refugiados ali fixados como seus cidadãos, embora tenha permitido que estudassem nas suas universidades. Por sua vez, Israel não permitiu o regresso dos refugiados nem os compensou economicamente pela perda das suas terras.


 


Em 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza em resultado da sua vitória na Guerra dos Seis Dias. Durante a década de setenta e oitenta seriam ali instalados colonatos pelos governos de Israel.


 


Em dezembro de 1987 iniciou-se a primeira Intifada, ou levantamento da população palestiniana contra o exército israelita.


 


Em Setembro de 1993 Israel e representantes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assinaram os Acordos de Oslo, nos quais se previa a administração por parte dos palestinianos da Faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia através de uma entidade política, a Autoridade Nacional Palestiniana.


 


Em 2005 o primeiro-ministro israelita Ariel Sharon conseguiu que o Knesset (parlamento de Israel) aprovasse o plano de retirada unilateral dos 21 colonatos judaicos existentes na Faixa de Gaza, que Sharon apresentou em 2003. A decisão gerou controvérsia, tendo sido constestada pela direita nacionalista e religiosa israelita. O desmantelamento dos colonatos deu-se em menos de um mês, entre 15 de Agosto e 12 de Setembro. Alguns colonos resistiram a retirada, praticando actos de violência contra o exército israelita.


 


Com a chegada do Hamas ao poder em uma eleição livre e democrática decorrida em Janeiro de 2006, a situação do conflito israelo-palestiniano alterou-se, pois um dos itens da carta de fundação do Hamas é a libertação total da Palestina, incluindo a eliminação do Estado de Israel. Muitos analistas definem que as novas negociações de paz devem começar com a retificação desta carta, como ocorreu com a OLP, enquanto outros definem que esta retificação deve ser o produto final da negociação.


 


O futuro da Faixa de Gaza permanece incerto, sendo o território visto como eventual parte de um futuro estado palestiniano.


 


O território


 


A Faixa de Gaza é um território situado no Médio Oriente limitado a norte e a leste por Israel e a sul pelo Egito. É um dos territórios mais densamento povoados do planeta, com 1,4 milhões de habitantes para uma área de 360 km². A designação ''Faixa de Gaza'' deriva do nome da sua principal cidade, Gaza.


 


Atualmente a Faixa de Gaza não é reconhecida internacionalmente como pertencente a um país soberano. O espaço aéreo e o acesso marítimo à Faixa de Gaza são actualmente controlados pelo estado de Israel, que ocupou militarmente o território entre Junho de 1967 e Agosto de 2005. A jurisdição é por sua vez exercida pela Autoridade Nacional Palestiniana.


 


Cerca de 60% da população é composta por refugiados chegados nas duas vagas geradas pelas guerras de 1948-1949 e de 1967; os restantes são populações nativas. Grande parte da população habita nas cidades, das quais se destacam Gaza, Khan Yunis, Rafah e e Dayr al Balah.


 


A Faixa de Gaza tem uma das populações mais jovens do planeta, com 48,1% da população enquadrada na estrututura etária entre os 0 e os 14 anos. A taxa de crescimento anual da população é de 3.71% e a esperança média de vida é de 71,97 anos.


 


A maioria dos habitantes da Faixa de Gaza são muçulmanos sunitas, com uma minoria cristã. A língua falada no território é o árabe, seguida do hebraico; o inglês é compreendido por alguns habitantes.


 


Serviço


 


Ato público pelo fim do cerco a Faixa de Gaza, repúdio ais massacres e crimes do Estado de Israel aos povo palestino soberano e independente e não ao tratado de livre comércio entre o Mercosul e Israel 
 


Data: 30 de março (domingo) – Dia da Terra
Horas: 10h
Local: Praça Oswaldo Cruz – SP
(Início da Av. Paulista – próximo ao metrô Paraíso ou Brigadeiro)