Economia faz avaliação positiva do governo Lula bater recorde
A avaliação do governo Lula atingiu seu melhor desempenho desde janeiro de 2003, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. O
Publicado 27/03/2008 14:30
O governo recebeu avaliação regular de 30% dos 2.002 eleitores entrevistados. Outros 11% avaliaram o governo como péssimo ou ruim e 1% não soube responder ou não opinou. A diferença entre o ótimo e bom e o ruim e péssimo atingiu, na atual edição da pesquisa, os 47 pontos percentuais, também é a maior desde janeiro de 2003.
''Pode-se afirmar que esse resultado expressa, neste momento, o desempenho da economia, como mostram os indicadores de avaliação do governo no campo econômico e a expectativa da população em relação ao futuro”, avalia a pesquisa. ''O impacto da economia no conjunto das avaliações do governo fica ainda mais nítido quando são observados os itens da agenda econômica”, continua o texto da pesquisa. Em todos os itens econômicos registrou-se crescimento da aprovação.
Quando perguntados sobre o combate à inflação, 51% disseram aprovar a estratégia do governo, ante 44% em dezembro de 2007. Em relação aos impostos, 35% disseram aprovar, ante 26% na pesquisa anterior. Quanto à taxa de juros, 39% dos entrevistados aprovaram, ante 32% em dezembro passado. A melhor avaliação foi quanto ao combate ao desemprego, em que 55% dos entrevistados disseram aprovar, ante 47% na última sondagem.
A aprovação ao governo também teve recuperação na atual sondagem. Ela subiu de 65% em dezembro passado para 73% neste mês. É o segundo maior índice de aprovação desde março de 2003, quando fora de 75%.
Outro indicador da pesquisa CNI/Ibope que foi recorde nesta edição é a nota média para o governo Lula. Ela ficou em 7,1, numa escala de zero a 10. A melhor nota até então tinha sido o 7 recebido em dezembro de 2006. A confiança ao presidente Lula se recuperou neste mês, ao alcançar 68%, igual a dezembro de 2006. Nesse intervalo, a confiança havia caído para em torno de 60%.
A avaliação daqueles que consideram o segundo mandato de Lula melhor do que o primeiro também melhorou: 42% dos entrevistados disseram que Lula está governando melhor agora do que no primeiro mandato. No levantamento anterior, esse percentual era de 35%. Para 16% das pessoas entrevistadas, a segunda gestão de Lula é pior do que a primeira. Em dezembro, 21% das pessoas disseram que Lula governou melhor em seus primeiros quatro anos.
A melhor avaliação do presidente, segundo a pesquisa, ocorreu em todos os segmentos analisados. As evoluções mais significativas foram identificadas nas classes de maior renda, nas regiões Norte e Centro-Oeste, nas capitais, e entre aqueles que cursaram até o Ensino Fundamental.
Reforma tributária e segurança pública
A reforma tributária é considerada muito importante para o país, segundo pesquisa. 35% dos entrevistados a consideram muito importante, enquanto 47% disseram que ela é importante. Ou seja, 82% dos entrevistados acreditam que a reforma deveria ser feita logo. Para 9% dos que responderam à pesquisa, ela é pouco importante, enquanto 4% acham que ela não tem importância. Do total, 5% não responderam ou opiniaram.
Segundo a pesquisa, essa avaliação foi influenciada pela convicção de que a reforma tributária aumentará o crescimento econômico, resposta dada por 32% dos entrevistados, ou gerará mais empregos, de acordo com 35% dos ouvidos pelo CNI/Ibope.
Mas 31% disseram que ela fará o brasileiro pagar menos impostos. Para 32% deles, os brasileiros continuarão a pagar a mesma quantidade de impostos e, para 25% dos eleitores, os contribuintes pagarão mais impostos depois de aprovada a reforma. Do total, 12% não responderam ou não opinaram.
A segurança pública no Brasil foi considerada ruim ou péssima pela maioria dos eleitores. Para 22% deles, a segurança no país é ruim e, para 31%, é péssima. Apenas 3% dos entrevistados disseram avaliar como ótima a segurança pública, ante 15% que disseram ser boa e 29% que responderam que é regular.
Os entrevistadores foram a campo entre os dias 19 e 23 de março, em 141 municípios, nos quais entrevistaram 2.002 eleitores. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima e o grau de confiança é de 95%.
Confira a íntegra da pesquisa, disponível para download (arquivo em PDF :: 420Kb)