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No Rio, UNE e Ubes prestam homenagem ao mártir Edson Luís

Em uma passeata que coloriu as ruas do Rio de Janeiro, cerca de 3 mil estudantes se uniram, nesta sexta-feira (28), para homenagear Edson Luis, estudante morto pela ditadura militar, em 28 de março de 1968, no restaurante Calabouço.

O ato começou pela amanhã no auditório da Casa do Estudante, onde os manifestantes acompanharam a inauguração da estátua em homenagem a Edson Luis. A cerimônia teve a participação do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que inaugurou a escultura. A mãe do estudante, dona Maria Belém Souto da Rocha, de 84 anos, também esteve presente e se emocionou com a homenagem.


 


À tarde, os estudantes saíram em passeata pelas principais ruas do centro da cidade e ocuparam a estação de metrô da Carioca para reivindicar o direito ao passe-livre sem restrições no Estado. De lá, seguiram até os Arcos da Lapa, onde finalizaram a manifestação, ateando fogo em um boneco representando o prefeito César Maia, em referência à sua postura negligente em relação à epidemia de dengue que atinge o Rio de Janeiro.


 


“Essa grande passeata mostrou que os estudantes cariocas estão, sim, atentos ao debates que circundam o universo da juventude, como o passe-livre. Cumprimos o papel de impulsionar os avanços em relação a esse direito e também as questões ligadas à educação”, explicou Janaína Maia,  presidente da Associação Municipal dos Estudantes (Ames).


 


Segundo ela, outro ponto forte da passeata foi a reivindicação pelo fim do metrô card, que os estudantes consideram limitado demais. “O metrô card se apresenta como uma restrição ao passe livre no momento em que limita o transporte do estudante no percurso de casa para a escola. A formação do estudante deve contemplar mais do que a sala de aula: é preciso ter acesso à cultura, esporte e lazer”.


 


Os estudantes também levaram as bandeiras nacionais da Jornada de Lutas, como o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU); gestão democrática nas escolas; 10% do PIB para a educação; limitação do capital estrangeiro nas universidades, além de mais qualidade e acesso ao ensino superior.


 


Para o presidente da Ubes, Ismael Cardoso, “o ato foi importante para mostrar a união dos estudantes do Rio de Janeiro, que estão em número cada vez maior nas ruas para lutar pelos seus direitos”. Ismael lembrou a importância do ato e da homenagem ao estudante Edson Luís, que se tornou ícone na luta pela democracia no Brasil.


 


Da Redação, com informações do EstudanteNet