Simpósio na Câmara discute ensino da cultura africana no Brasil
O vereador Paulão (PCdoB-BH), presidente da Frente Parlamentar contra a discriminação racial, coordenou a abertura do 1º Simpósio do Projeto Raça, Cor, etnia na Cultura/Literatura, que aconteceu na Câmara Municipal, na última quarta feira, 26 de março.
Publicado 28/03/2008 13:50 | Editado 04/03/2020 16:52
Os principais assuntos discutidos no simpósio foram: a) apresentar os personagens negros em contextos diferenciados do qual a sociedade conhece atualmente; b) buscar literaturas diferenciadas, não ficando apenas nas tradicionais histórias de escravagismo e colonização; c) quais medidas podem ser adotadas para que a lei 10.639 possa ser efetivamente adotada no município e no Estado.
Para o vereador Paulão, essa lei ainda é pouco conhecida. “Falta informação para a sociedade a respeito da lei 10.639. É preciso maior conhecimento da sociedade em relação a essa lei e a preparação dos profissionais da educação para executarem aulas que realmente exponha a verdadeira história africana”.
O vereador também salientou das distorções na qual a história africana é contada no Brasil. “Nas escolas se houve falar muito em relação aos escravos, mas a história da áfrica não é somente isso. É necessário que se estude a fundo para transmitirmos o conhecimento certo sobre esse assunto”.
Escolas
A Secretária Adjunta Municipal de Educação de Belo Horizonte, Macaé Evaristo, disse que a prefeitura desenvolve várias ações para que a Lei 10.639/2003, que inclui nas escolas públicas e privadas a história e a cultura afro-brasileira no ensino fundamental e médio de todo o país, seja aplicada nas escolas do município. A Secretária ressaltou ainda que a prefeitura disponibiliza vários Kits para 192 escolas do município que contem livros sobre a cultura africana.
A iniciativa da realização do Simpósio foi da Escola do Legislativo em parceria com a PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
De Belo Horizonte
Rafael Mariano