Alerj cassa mandato de duas deputadas
A Alerj viveu um dia marcante nesta terça-feira (1º). O dia da mentira foi o momento da população conhecer a verdade sobre certos parlamentares. A Casa cassou, em votação secreta, duas parlamentares por quebra de decoro parlamentar.
Publicado 02/04/2008 18:23 | Editado 04/03/2020 17:05
Na sessão extraordinária realizada pela manhã, os deputados decidiram por 48 votos a 15 (e cinco abstenções), cassar o mandato da deputada Jane Cozzolino (PTC). Em seguida, por 50 votos a 11 (e seis abstenções), a Alerj decidiu pela cassação do mandato da deputada Renata do Posto (PTB). Jane e Renata são acusadas de participar de esquema para fraudar o auxílio-educação da Casa, que paga R$ 450 por filho de funcionário matriculado em escola particular.
Também acusados de fraude no mesmo caso, foram absolvidos os deputados Tucalo (PSC) e João Peixoto (PSDC). Tucalo foi beneficiado pelo tempo, porque ele teve a possibilidade de exonerar as pessoas quando surgiu a denúncia. Mesmo assim, ele teve um voto de desconfiança de 24 dos seus pares. João Peixoto, em sua defesa, havia creditado a um dirigente do partido, chamado Wanderley Galdeano, o mau uso dos cargos em seu gabinete.
Galdeano e outros cinco acusados de envolvimento na crise tiveram a prisão solicitada pela Alerj ao Ministério Público, há duas semanas. Peixoto se livrou da punição máxima com um placar de 44 a 15, seis abstenções e um voto em branco.
O deputado Edino Fonseca (PR), para quem o Conselho de Ética recomendou a pena de suspensão do mandato por 90 dias, foi absolvido por 34 votos a 25 e seis abstenções.