Funcionários dos Correios entram em greve no RS
Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) de todo o país entraram em greve a partir da meia-noite desta terça-feira (01). A categoria rejeitou a proposta dos Correios de prorrogar o adicional de risco para carteiros, que deveria ser pago
Publicado 02/04/2008 10:07 | Editado 04/03/2020 17:11
O secretário de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul (Sintect-RS), João Augusto Gomes, relata que os trabalhadores ficaram revoltados com a diferença entre o valor recebido pelo emprega e pelos diretores na participação dos lucros da empresa. Enquanto um trabalhador comum recebeu, em média, R$ 400,00, o diretor geral dos Correios no Rio Grande do Sul recebeu em torno de R$ 20 mil. O sindicalista também critica os Correios, que cortaram o adicional de periculosidade do carteiro, uma reivindicação antiga da categoria.
“Na quinta-feira, os trabalhadores ficaram sabendo que, depois de muita promessa, a participação nos lucros dos trabalhadores tinha uma diferença exorbitante em relação ao que recebeu os gerentes de Correios. Isso causou uma insatisfação muito grande. E também fomos surpreendidos pelo corte do adicional de risco, que é 30% do seu salário base, por conta dos riscos que o carteiro corre no dia a dia do seu trabalho”, explica.
A greve dos trabalhadores nos Correios é por tempo indeterminado. A categoria espera que a empresa volte atrás e apresente novas propostas em relação ao adicional de risco e na participação dos lucros. Pelo menos 23 dos 34 sindicatos dos trabalhadores entraram em greve, o que abrange 14 Estados, além de Brasília. Entre eles, estão os Estados em que o sindicato é mais forte, como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná.
Em Porto Alegre, na manhã desta terça-feira, os trabalhadores realizaram um protesto no centro da cidade. Mais mobilizações estão programadas para o interior do Estado.
Agencia Chasque