Marcelo Ramos fala do transporte coletivo e do passe livre
 

Há uma semana, o vereador Marcelo Ramos deixou o cargo de diretor-presidente do Instituto Municipal de Transportes Urbanos (IMTU). De volta à Câmara Municipal de Manaus, o vereador volta a falar sobre o pas

Marcelo disse que são grandes as dificuldades para a implantação do passe livre.  Segundo o vereador, é necessário o debate do custo no sistema para garantir o passe livre aos estudantes sem reajustar e aumentar a tarifa.
 



“Não adianta dar passe ao estudante e aumentar a tarifa do pai dele para R$4,00. Manaus tem a meia passagem mais ampla do Brasil. Em nenhum lugar do país a meia passagem é tão ampla quanto aqui na cidade. Isso é uma conquista histórica, fruto de muita luta dos estudantes. É algo que não se pode mexer. Não tem negociação no que diz respeito à meia passagem”, declarou.



 
A proposta do vereador é que a gratuidade das passagens deveria ser iniciada de forma seletiva. O primeiro passe deveria ser de criar uma opção para o estudante de escola pública que utiliza o ônibus para ir a escola. Esses estudantes teriam o direito à metade do total de 120 meias   passagens 



 
Para Marcelo, é necessário discutir com o poder público estadual e municipal formas de financiamento. Porque haverá um impacto na tarifa que deveria ser absorvido por recursos orçamentários do município e do estado. A partir do passe seletivo poderá ser possível criar as condições orçamentárias financeiras para que o direito seja ampliado.



 
Em relação à proposta de metrô, o vereador disse não discordar. “Só acho que nós temos que ter soluções imediatas e soluções mediatas. O metrô é uma solução a médio e longo prazo. Não se constrói metrô em quatro anos por conta dos custos. 20 quilômetros do metrô mais barato, que é o elevado, significa um investimento de aproximadamente R$800 milhões”.



 
Na opinião de Marcelo, a solução de curto prazo, que não é contraditória a do metrô, é a construção de corredores exclusivos de ônibus, pelo menos um grande anel viário com ruas exclusivas para ônibus que ligaria a bola do Coroado aos principais terminais da cidade. Com isso se conseguiria aumentar a velocidade média da frota que hoje é de apenas 17km/h, consequentemente o aumento da velocidade dos ônibus diminuiria o tempo de espera das pessoas.



 
“As pessoas acham que é só construir a estrutura de concreto e colocar o trenzinho. Não é isso. O metrô não vai passar dentro das ruas do bairro Nova Cidade, Zumbi. Ele vai passar nas principais ruas. As pessoas irão de ônibus até o metrô. O metrô é solução para qualquer grande cidade. Mas não uma solução imediata”, concluiu.


 


De Manaus


Vanessa Sena