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Acordo suspende por 30 dias locaute na Argentina

As quatro principais organizações agropecuárias da Argentina suspenderam por 30 dias o locaute (greve patronal) iniciado há 21 dias e convocaram uma trégua na disputa com o governo. A greve dos produtores rurais argentinos provocou o maior desabasteciment

As entidades advertiram, no entanto, que a greve será retomada caso o governo argentino não ofereça uma contraproposta concreta a suas demandas. Os produtores queixam-se do aumento das tarifas sobre exportação de grãos.



“A greve está suspensa”, disse à agência Associated Press Mario Llambías, presidente das Confederações Rurais Argentinas (CRA), uma das organizações responsáveis pela liderança do locaute. “Decidimos permitir a comercialização de produtos e levantar os bloqueios rodoviários. Mas a luta continua. Se sentirmos que estão nos enganando, voltaremos a parar”, acrescentou Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), que agrupa pequenos produtores.



O locaute começou depois que o governo anunciou, em 11 de março, um novo esquema de impostos às exportações de soja, girassol, trigo e milho, com taxa variável de acordo com as cotações internacionais destes grãos.



O conflito gerou um duro confronto entre agricultores e o governo, que na segunda-feira passada anunciou compensações aos pequenos produtores, que, na prática, pagarão os mesmos impostos às exportações que vigoraram até 11 de março.



Na última terça-feira, milhares de argentinos saíram às ruas para apoiar a presidente Cristina Kirchner no conflito com os empresários. “Há apenas dois dias nosso governo completou cem dias. E nunca vi tantos ataques a um governo, como os que ocorrem agora”, disse Cristina Kirchner, na ocasião



“Acho que isso ocorre porque sou mulher, a primeira presidente eleita pelo voto popular no país”, afirmou.



Da redação, com agências